quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

EM PEDRAS MENOS DURAS















dançarei contigo a dança louca das estrelas do céu
tocarei os atabaques - lua quase cheia - nas rodas de capoeira
rente ao chão - jogo de dentro - não me esquivarei de teu olhar
dançarei contigo a dança louca das estrelas do céu
nos toques de iúna do berimbau darei um chute na lua
e cairei de pé - junto a ti - em pedras menos duras

marcos freitas
In: Urdidura de Sonhos e Assombros (2010).

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro


Dos dias 13 a 18 de dezembro o teatro popular invade a sala Plínio Marcos da Funarte. Idealizado pelo ponto de cultura Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, a primeira edição do Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro reunirá dança, teatro, brincantes, além de rodas de conversa que discutirão a atuação do ator brincante no cenário contemporâneo do teatro brasileiro. O total de sete espetáculos fazem parte da programação, entre eles Antonio Nóbrega, Pedro Salustiano, Cia. Mundo Rodá de Teatro Físico e Dança, Cavalo Marinho Boi Pintado, Mestre Zé Divina e dos grupos convidados reconhecidos nacional e internacionalmente Grupo Galpão e Lume.

“Mostrar esse recorte da arte que trata dos terreiros, que é um patrimônio imaterial é algo providencial. Temos de fazer com que o Brasil conheça o Brasil e suas nuances, essas manifestações de terreiro tem forte atuação cultural pela arte que produz”, afirma a Coordenadora de Difusão Cultural da Funarte Brasília, Débora Aquino. A coordenadora explica que o Festival faz parte do edital de Ocupação das salas Plínio Marcos e Cássia Eller da Funarte. “A pontuação e aprovação dos projetos foi de acordo com a diversidade que as apresentações traziam. Tivemos, neste ano, eventos voltados para o publico infantil, dança, e agora fecharemos 2011 com o Festival que trás essa pluralidade da cultura popular”.

Com apresentações, enredos, técnicas, ritmos e mitos que relatam historias do cotidiano brasileiro, o teatro popular tem uma identidade própria que foge aos padrões do formato tradicional do teatro europeu, como explica o Coordenado do grupo Seu Estrelo e o Fuá de Terreiro, Tico Magalhães. “Essa tradição é completamente brasileira, é como Mestre Salustiano definia a brincadeira do Cavalo Marinho, uma tradição feita nos quintais dos mestres de cultura do Brasil, que com criatividade, ensinam e mantêm viva a nossa cultura”, explica.

Do terreiro aos palcos

O grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro nasceu há oito anos em Brasília, e tem como objetivo levar ao público elementos da cidade que tomaram forma com O Mito do Calango Voador. Escrito por Magalhães, a narrativa aborda temas como a constrição da capital e é continuamente adaptada de acordo com os novos acontecimentos da cidade. “Eu vim de Recife, quando cheguei aqui fiquei espantado em ver como a cidade é diferente. Percebi a necessidade de uma história que acontecesse aqui, para falar de Brasília e das coisas que acontecem aqui, explicamos muita coisa desse mundo no mito”, conta.

As apresentações de Seu Estrelo sempre foram realizadas nas ruas de Brasília e outras cidades brasileiras durante viagens, ou na sede do grupo localizada na capital. O Festival abre uma nova etapa na historia do ponto de cultura, sendo a primeira vez em que este sobe aos palcos.”Dá um frio na barriga, o teatro exige uma concentração enorme, é silencioso”, comenta Magalhães.

A diretora do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB), Izabela Brochado explica que a interação com o público é o principal fator que diferencia a experiência do teatro de terreiro nos palcos. “No terreiro, há uma interação horizontal com o público, a brincadeira é coletiva. No teatro é diferente, a experiência de interação é mais mental do que física, o publico observa os artistas que estão ali para mostrar suas habilidades. Acho que as duas formas são válidas”, explica.

A tradição contemporânea

Representada por manifestações como a dança, lendas, mitos, festas, música e ritmos, a tradição da cultura popular é transmitida e difundida geração após geração na historia do Brasil. Para discutir as formas de adaptação e relação dessa cultura com a contemporaneidade, o festival propõe um debate que contará com a presença de estudiosos, grupos e mestres da cultura brasileira.


 Izabela Brochado participará das discussão e afirma que ponte entre tradição e modernidade é o próprio ator brincante da cultura tradicional. ”As tradições não são fáceis de serem aprendidas, existe uma estrutura de temas e apresentações que são transmitidas pelos conhecimentos dos mestres de cultura. O artista vivencia isso e mistura esses aprendizados com as linguagens de hoje”. Segundo ela, a honestidade é o fator principal do trabalho do artista, que não deve ser realizado por moda ou imitação. “Se esse artista não é sensibilizado por essas formas, a apresentação não te toca, não te move e se transforma em uma caricatura”, conclui.

“Nossa expectativa é fazer uma troca de experiências, mostrar o que o teatro popular pode oferecer e mostrar que a tradição, ao contrario do que muitas pessoas pensam, não é algo que carrega o peso do passado, pois ela só é tradição porque esta ligada ao presente, a tradição é a base do presente”, acrescenta Magalhães.


Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro
Data: De 13 a 18 de dezembro
Local: Eixo Monumental Setor de Divulgação Cultural – lote 2 – Funarte Brasília
Entrada franca

Programação:
Espetáculos na sala Plínio Marcos

TERÇA-FEIRA, 13/12
21h Teatro Galpão (MG) – Tio Vânia

QUARTA-FEIRA, 14/12
21h Antônio Nóbrega (PE) – Mátria

QUINTA-FEIRA, 15/12
21h Mundu Rodá (SP) – Donzela Guerreira

SEXTA-FEIRA, 16/12
20h Pedro Salustiano – Samba no Canavial
21h Cavalo Marinho Boi Pintado

SÁBADO, 17/12
20h Mamulengo Zé Divina
21h Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro

DOMINGO, 18/12
20h Lume (SP) – Café com Queijo





Oito autores lançam livros na primeira edição do Sarau Chatô nesta quarta


Além de advogado, escritor, político e mentor do maior império de comunicação que o país já teve, o jornalista Assis Chateaubriand manteve uma profunda ligação com a arte. “Ele era um homem de cultura. Um exemplo disso é a criação do Museu de Arte de São Paulo, o Masp, hoje um dos grandes museus do mundo”, afirma Márcio Cotrim, escritor e diretor da Fundação Assis Chateaubriand. Para manter vivo o pendor artístico desse visionário, a fundação organizou 12 saraus mensais, promovendo a literatura, a pintura, a música e o cinema feitos por (e sobre) artistas de Brasília.   
“Esta edição dará ênfase à produção literária”, avisa Cotrim, que escalou um time de autores da cidade para uma roda de autógrafos e um bate-papo. Ele mesmo lançará seu novo livro, O pulo do gato 4 (Geração Editorial), sobre a origem das palavras e expressões idiomáticas. Roldão Simas Filho, por sua vez, falará de seu Dicionário lá e cá, com o significado de 5.800 verbetes aqui e em Portugal, e Dad Squarisi autografará o Manual de redação e estilo para mídias convergentes (leia texto abaixo).
 Já a atriz Maria Paula virá com Liberdade crônica, uma compilação de textos que publica semanalmente no Correio, desde 2005. E o coronel Affonso Heliodoro lançará JK: de Diamantina ao memorial, em que avança em pontos cruciais da história do ex-presidente. Adirson Vasconcelos, Anderson Braga Horta, Judivan J. Vieira e Santiago Naud também participarão do mutirão literário.               
Cotrim lança O pulo do gato 4, sobre a origem das palavras
 Em cada sarau, um país e um estado brasileiro serão homenageados. Na noite inaugural, os escolhidos foram a República Tcheca e a Paraíba. Não por acaso, o país da Europa Central abre a programação por ser terra do avô de Juscelino Kubitschek, Jan Kubitschek. O embaixador Ivan Jancárek contará um pouco sobre as tradições do país, enquanto cervejas pilsen, originais da região da Boêmia, serão servidas no Bar do Chatô. Um curta-metragem sobre a construção de Brasília (uma produção tcheca, legendada em português) também será exibido.

A Paraíba será a primeira unidade da Federação a ganhar o tributo por ser terra de um filho ilustre: Chatô nasceu em Umbuzeiro, no semiárido brasileiro. Para acompanhar as cervejas tchecas, a chef Rose Borella, da butique de carnes Ready Beef, servirá petiscos típicos da culinária local, à base de queijo coalho, tapiocas e rapaduras, por exemplo. Especialista em heráldica (estudo de brasões e escudos) falará sobre a origem da bandeira do estado, que ostenta a palavra Nego. Dançarinos de forró também farão demonstração de alguns passos. E repentistas da Casa do Cantador — Valdenor, Zé do Cerrado e Chico de Assis — mostrarão seus improvisos à plateia.

Números musicais, aliás, pontuarão as diversas participações. O coral de 40 vozes, mantido pela fundação, apresentará músicas natalinas. E a noite prosseguirá com Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília, e alguns músicos da instituição. O encerramento ficará por conta de Raimundo Moura, um dos mais conhecidos seresteiros da cidade.

Enfim, escritora
A atriz Maria Paula fará o lançamento de seu primeiro livro, Liberdade crônica, reunião de textos publicados em sua coluna semanal no Correio Braziliense. “Sempre guardei essa vontade de ser escritora dentro de mim. Era até uma lenda familiar”, conta a ex-integrante da trupe Casseta & Planeta, cujo talento com as palavras foi alvo de profecia. Durante a infância em Uberaba, o médium Chico Xavier a viu e disse que ela seria famosa, dando muita alegria ao Brasil. A mãe da atriz teve uma intuição: Maria Paula seria escritora. Com a agenda de gravações sempre cheia, ela adiou o projeto por muito tempo. Além dos cadernos que preenchia com poemas e contos, aceitou o desafio de escrever a coluna para o jornal. Até que o humorístico saiu do ar, depois de 17 anos. “Senti que era a minha deixa. Foi um ano de trabalho árduo”, relata. Dividido em três eixos temáticos — atitude caráter, atitude afeto e mulher de atitude —, o livro passeia por temas que vão desde as mudanças sociais enfrentadas por mulheres até o consumo, passando por problemas de natureza política, como a corrupção.
Novas histórias de JK
Diamantinense, vizinho de JK e aluno da mãe do ex-presidente, Affonso Heliodoro nutriu amizade longa com o criador de Brasília. Essa cumplicidade rendeu histórias que inspiram quase toda a obra literária de Heliodoro. A novidade é JK: de Diamantina ao memorial, que repassa a vida de Juscelino do nascimento à morte, avançando em alguns pontos obscuros. “Conto passagens do golpe militar, acuso (o ex-presidente) Castello Branco de traição, revelo coisas inéditas, que se passaram na minha presença”, afirma o autor.
O projeto inicial era produzir um volume didático, para reavivar nas escolas a trajetória de JK, mas Heliodoro acredita que o livro tenha ficado “pesado” para essa função. “Provocado, você começa a se lembrar, a escrever, e se revolta de novo”, pondera. O livro sai do forno da editora diretamente para o lançamento no sarau.

Inspiração no cerrado

Interatividade sempre foi o negócio do pintor pernambucano André Cerino. No começo, ele filmava o processo de feitura de seus quadros e compartilhava no YouTube e nas redes sociais. “Desde criança, tinha curiosidade de saber como os artistas criam, sempre via a arte pronta. Nas galerias e nos livros, a criação se apaga com o tempo, pertence exclusivamente ao artista. Decidi compartilhar isso”, conta. Hoje, a ideia se refinou e ele faz performances de pintura ao vivo, embalado por música (geralmente clássica), que o inspira a orquestrar as cores na tela. Em vez de pincel, Cerino usa as pontas dos dedos. Hoje, este autodidata das artes que vive em Brasília há 27 anos fará uma de suas demonstrações no sarau. O tema será definido na hora, mas suas inspirações vêm do cerrado. “Penso em pássaros, flores, no céu, na água, nas queimadas, na preservação. Não sou ambientalista, apenas me preocupo com o meio em que vivo. Vim para o cerrado e me encantei com a beleza das folhas, que muita gente crê estarem mortas. Sempre vi vida nisso tudo.”




Eudoro Augusto lança hoje no Beirute o 3º volume da Trilogia do Sudoeste


Publicação: 14/12/2011 09:27 Atualização: 14/12/2011 10:35
Nahima Maciel

São instantâneos de realidade observada e como ela bate em mim. São poemas sobre o hoje, o amanhã, o claro e o escuro, onde as formas se revelam" Eudoro Augusto, poeta
Eudoro Augusto se sente incomodado quando fica muito tempo sem escrever. Isso aconteceu na década de 1990, mas desde que o século virou, ele tratou de não deixar mais a caneta descansar. Noite em claro, que o poeta lança hoje no Beirute, é o terceiro volume da Trilogia do Sudoeste, publicada durante a última década, e vem para fechar o circuito iniciado com Um estrago no paraíso (2008) e A natureza humana (2009).

Noite em claro é direto, simples e bastante irônico. Segundo Augusto, o livro não foge do caminho traçado pelos dois volumes anteriores. “A temática é a mesma, uma mistura de crônica e observação com poemas na terceira pessoa onde focalizo o outro, tem coisas muito íntimas ali”, avisa. O poeta encontra as crônicas no contato com as pessoas, com a rua e com o cotidiano. É um tripé fundamental na escrita de Augusto. “Vou ao Beirute três a quatro vezes por semana”, avisa o poeta. “É importante. Se você se isola você cria um ermitão, sem contato com o mundo.”

O filtro da poesia destrincha o comum e questiona o que já não se vê de tanto olhar. Observar também entra nessa conta. É o “segredo do cofre”, a “chave do mistério” descrita em Trilhas, uma espécie de “caminho para o nada” que acaba se revelando bem produtivo. Há também um pequeno fio da rebeldia que tanto marcou a poesia de Augusto nos anos 1970, quando via seus livros serem apropriadamente acomodados na prateleira da poesia marginal. Muita coisa mudou, mas nada foi rompido. “Tem a ver, sempre tem. Acho que tem uma corrente elétrica que liga desde o meu primeiro livro a Noite em claro. Os temas são sempre os mesmos: a vida, o cotidiano, o que pode transcender ou o que não pode transcender.”

Saiba mais...
Confira Poesias de Eudoro Augusto É um tipo de poesia, Augusto repara, que não é igual à média. “É diferente”, explica. “São instantâneos de realidade observada e como ela bate em mim. São poemas sobre o hoje, o amanhã, o claro e o escuro, onde as formas se revelam, e sobre como o ser humano se desvenda.” Noite em claro nasceu dentro de um apartamento no Sudoeste. Assim como o resto da trilogia, foi construído no bairro que Augusto adotou há 22 anos, por isso o pacote leva o nome do lugar, mas foi graças ao patrocínio do BB Seguros Auto, que o poeta conseguiu finalizar a série. Ironicamente, Augusto não dirige. Nunca quis aprender, não tem carro nem quer ter. O poeta marginal prefere mesmo andar a pé. Assim tem mais oportunidades de trombar com os versos colhidos no cotidiano.

Noite em claro De Eudoro Augusto. Edições do Sudoeste, 108 páginas. R$ 25.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/12/14/interna_diversao_arte,282763/eudoro-augusto-lanca-hoje-no-beirute-o-3-volume-da-trilogia-do-sudoeste.shtml

Confira Poesias de Eudoro Augusto
José Carlos Vieira

Publicação: 14/12/2011 00:01 Atualização:

Não precisa



Não precisa me acordar

Eu acordo sozinho.

Primeiro olho o mundo torto

depois me enrosco na manhã da manhã.



Vidrado


Se você vem pra me falar

de coisas como a vacina preventiva

ou o dever e a dívida

pode esquecer o severo discurso

minha querida

atenuar as sobrancelhas franzidas.

Sou vidrado na vida.



Natureza morta


A noite cai de mãos crispadas.

Chove muito

os cigarros acabaram

e o táxi não chega.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/12/14/interna_diversao_arte,282737/confira-poesias-de-eudoro-augusto.shtml

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CARNAVAL com Daniel Pedro


Poesía Solidaria del Mundo - Marcos Freitas


miércoles 7 de diciembre de 2011
5484.- MARCOS FREITAS

Marcos Freitas nació en Teresina, Piauí, Brasil en 1963. Ingeniero Civil. Profesor Universitario. Posgraduado en Medio Ambiente, Recursos Hídricos y Gestión Pública. Posee más de 100 publicaciones técnico-científicas en periódicos y anales de simposios nacionales e internacionales. Poeta. Cuentista. Letrista con innumerables colaboraciones musicales y más de 40 libros y capítulos de libros en 6 idiomas. Miembro de la ANE – Asociación Nacional de Escritores y de la UBE – Unión Brasileña de Escritores. Director del Sindicato de los Escritores del DF. Miembro de la ALT-DF y la ALB-DF. En el campo de la literatura, ha publicado los siguientes libros: A Vida Sente a Si Mesma (Ed. Ibiapina, Teresina, 2003); A Terceira Margem Sem Rio (Ed. Ibiapina, Teresina, 2004); Moro do Lado de Dentro (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Quase um Dia (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Na Curva de um Rio, Mungubas (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Raia-me Fundo o Sonho Tua Fala (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2007); Marcos Freitas – Micro-Antologia (Ed. Thesaurus, Brasília, 2008); Staub und Schotter (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2008); Urdidura de Sonhos e Assombros (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2010) e Inquietudes de Horas e Flores (Ed. Livre Expressão, Rio de Janeiro, edição bilíngue: português-espanhol, 2011). En el área técnico-científica: Neurocomputação Aplicada (Ed. FUFPI, Teresina,1998); A Regulação dos Recursos Hídricos: estado e esfera pública na gestão de recursos hídricos – análise do modelo atual brasileiro, críticas e proposições (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2009) y Que Venha a Seca: modelos para gestão de recursos hídricos em regiões semiáridas (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2010). Contato: mfreitas_pi@yahoo.com.br

SUEÑOS SOMOS

unos dicen que los sueños deben ser vividos
otros que deben ser divididos
otro que los sueños, sueños son
¿y yo qué digo?
¿y yo qué sueño?
a veces el tiempo pasado
me es futuro
del presente o del pretérito
¿ya ni lo sé?
¿qué esperar de los sueños?
¿qué esperar de lo que somos?
son y sueño:
partituras atemporales.


(traducción Carlos Saiz Alvarez)


CUADRO

hoy sí
quiero describirte
en colores
embadurnarte con tintes

en lugar de los senos
trazos rápidos
en lugar de los brazos
formas curvas
en perspectiva

en lugar de las piernas gotas,
gotas y más gotas
desparramar suave en ondas
tu vientre en llamas

hoy sí
adoraría borrar
todo ese cuadro
con un chorro de tinta

(traducción Carlos Saiz Alvarez)

Veja mais poemas em:
http://fernando-sabido-sanchez.blogspot.com/search/label/BRASIL

http://poetassigloveintiuno.blogspot.com/

JORGE ANTUNES, UM COMPOSITOR SUBVERSIVO



Esse é o título do concerto que apresentará algumas das obras de Jorge Antunes que, em diferentes momentos de sua carreira, incomodaram os detentores do poder, transgrediram as normas vigentes e foram censuradas.

O concerto se realizará na sexta-feira, dia 16 de dezembro, às 20h00, na Sala Cássia Eller da Funarte de Brasília. Os ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00.

Uma obra eletroacústica abrirá o concerto: Auto-retrato sobre paisaje porteño. Essa obra foi composta em Buenos Aires em 1969. Nela Antunes monta um retrato sonoro dele, sobre fundos musicais que reportam ao Brasil e à Argentina. Um jogo de vozes com a palavra "General" foi motivo para a censura da obra.

Cabra da Peste, composta em 1964, incomodou a ditadura militar. A letra da canção, também de autoria do compositor, foi considerada subversiva. A peça foi censurada.

Outra obra polêmica é Seis Missivas BB, de 1997. Durante vários anos Antunes apresentou projetos ao CCBB, pedindo apoio e patrocínio para suas óperas. Seguidas vezes recebeu recusas. No início de 1996 o CCBB encomendou obras novas de 34 compositores. A Jorge Antunes coube compor uma obra para canto e piano. Havia chegado a hora da vingança. Antunes juntou as cartas recebidas que negavam apoio a seus projetos, e as musicou. Foi censurado.

As outras obras do programa também criaram polêmica em suas estreias. O trio Três Impressões Cancioneirígenas, de 1976, ironiza o nefasto AI 5, em momento em que o ato de exceção dos militares ainda estava em vigor.

Na última obra do programa, Polimaxixenia Sideral, Antunes faz variações com um maxixe, ironizando o preconceito que a intelectualidade muitas vezes tem com relação ao saber popular.

O GEMUNB: Sidnei Maia, flauta; Leonardo Neiva, barítono; Marcus Lisbôa Antunes, violino; Félix Alonso, clarineta; Mariuga Lisbôa Antunes, piano; Guerra Vicente, violoncelo; Jorge Antunes, direção, sons eletrônicos e computador.

SERVIÇO:
Jorge Antunes, um compositor subversivo
uma retrospectiva de obras musicais polêmicas compostas entre 1964 e 2010 na série “Brasília minha música”
Sala Funarte Cássia Eller, Brasilia
16 de dezembro de 2011 - 20h00
Ingressos:R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Classificação indicativa: 14 anos

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Edição de fim de ano do Poemação homenageia o poeta José Santiago Naud


O Sarau Videoliteromusical acontece na noite desta sexta-feira, 9, no auditório da BNB

O poeta e ensaísta José Santiago Naud é o homenageado da edição de fim de ano do Sarau Videoliteromusical Poemação que acontece amanhã, sexta-feira, às 19h, no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília. Os poetas Jorge Amâncio e Marcos Freitas coordenam o evento que contará com as presenças dos artistas Dina Brandão, Israel Ângelo Pereira, Donne Pitalurgh, Marco Polo Haickel, Jairo Mozart e Carlos Pial. O recital é gratuito e aberto ao público.

José Santiago Naud nasceu na cidade de Santiago, no Rio Grande do Sul. Formado em Letras Clássicas em Porto Alegre, foi diretor do Instituto do Livro, professor pioneiro do nível médio quando se inaugurou Brasília e fundador da Universidade de Brasília (UnB). Publicou 21 livros, dentre os quais: Noite Elementar (Porto Alegre, 1958); Hinos Cotidianos (Rio de Janeiro, 1960); A Geometria das Águas (Porto Alegre, 1963); Ofício Humano (Rio de Janeiro, 1966); Verbo Intranqüilo (Rio de Janeiro, 1967); Conhecimento a Oeste (Lisboa, 1974); Dos Nomes (Rosário, Sta. Fe, 1977); Noção do Dia (Brasília, 1977); Promontorio Milenario (Panamá, 1983); Pedra Azteca (México, 1985) e Vez de Eros (Brasília, 1987); As colunas do templo (Brasília, 1989), O olho reverso (1993), Memórias de signos (Porto Alegre, 1993), O avesso do espelho (1996), Antologia Pessoal (Brasília: Thesaurus, 2001) e 20 poemas escolhidos e um falso haikai (2005). Nesta sexta-feira, 9, Santiago Naud lança seu livro mais recente intitulado Fábrica de Ritos (Brasília: Thesaurus, 2011).

Após a homenagem, sobem ao palco da BNB a poeta e atriz Dina Brandão, autora de Do amor e seus descabelos - poesias massivas, ensaios e um plano de voo, o escritor e agente do programa Mala do Livro, Israel Ângelo Pereira, autor de Voo poético do condor e Donne Pitalurgh professor de artes cênicas, ator, diretor teatral, poeta declamador de Planaltina e autor de Colírios são delírios e A nau dos Insensatos.

Na mesma noite, o escritor maranhense Marco Polo Haichel, radicado em Brasília, lança o livro Falando de Literatura. Jairo Mozart, músico, cordelista, compositor, intérprete e artista plástico, com mais de 30 anos de carreira artística, lança A saga de Rondon pela Dupligráfica Editora, 2011, seu terceiro livro.

A parte musical do Poemação traz à BNB os músicos Carlos Pial, percussionista maranhense, e o Coral Masculino da Escola de Música de Brasília, sob a regência do maestro Danilo Salomão.

POEMAÇÃO 24 (Sarau Videoliteromusical) - Homenagem ao poeta José Santiago Naud. Dia 9de dezembro, 6ª feira, às 19h, no auditório da BNB. Participações de Dina Brandão, Israel Ângelo Pereira, Donne Pitalurgh, Marco Polo Haickel, Jairo Mozart, Carlos Pial e do Coral Masculino da Escola de Música de Brasília. Coordenação e informações: Marcos Freitas e Jorge Amâncio. Entrada franca.

Fotos: 1. José Santiago Naud - retirada do site www.terradospoetas.com.br; 2. Poemação - Flávia Camarano

Fonte: Biblioteca Nacional de Brasilia.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PIEDRA DE LA SAL



PIEDRA DE LA SAL

las barcas parten temprano
y se disipan en el inmenso azul distante
se balancean, balancean y balancean en el mar
retornan a la tarde
en el cesto, tres o cuatro peces
vendidos a cuatro o cinco reales

-Inquietudes de horas y flores (Rio de Janeiro, 2011).

Marcos Freitas- Brasil

Publicado em Poesía Solidaria del Mundo:
http://www.poesiasolidariadelmundo.com/2011/12/piedra-de-la-sal.html

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CARA DE CRACHÁ, de Roberto Klotz - NOITE DE AUTÓGRAFOS

6 DE DEZEMBRO – TERÇA
a partir de 19h
no Carpe Diem - 104 Sul

O terceiro livro de Roberto Klotz traz 44 histórias curtas e bem humoradas vivenciadas por um funcionário público caricaturizado.

O protagonista de Cara de crachá é como todo ser humano, tem um lado bom e outro nem tanto. Foi batizado von Silva, quase um alter ego do autor, também descendente de alemães.

Von Silva se incomoda com os colegas que jogam paciência no computador em vez de conversarem assuntos mais importantes como a importância do sal marinho na dieta dos esquimós, o desperdício de espaço nas caixas de fósforos ou a idade em que as crianças deveriam ser ensinadas a dar nó no cadarço do tênis.

Ele se orgulha e defende Brasília, onde trabalha. Com humor, vez por outra, dá uma alfinetada nos malfeitos do chefe ou de algum colega da repartição.

Ao terminar o livro, o leitor vai querer mais. Estará viciado em von Silva.

Número de páginas: 160
Contos
Preço: 28,00
--
Visite meu blog
http://robertoklotz.blogspot.com

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

LANÇAMENTO NACIONAL DIA 02 DEZEMBRO - UM ASSALTO DE FÉ -

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

SEXTA, um filme de Brasília, com equipe e elenco daqui, muito divertido, vale muito apena (r)ir ver.
Haverá uma festa de Lançamento do Filme "Um Assalto de Fé" que será na Boate MOENA no Pier 21 no dia 04 a partir das 18h.Vai ter show da Banda Natiruts, Falcão o Brega, Stand- Up de Jovane Nunes  e Banda e DJ Patife!!!



Para quem quiser ir na festa é só comprar o ingresso do filme que terá direito a um convite para festa que será trocado em um quiosque do filme no Pier.




Lançamento do livro Inquietudes de Horas e Flores, no Canteiro de Obras, Teresina-Piauí


Lançamento e leitura/declamação de poemas do livro de poesias "inquietudes de horas e flores", dia 3/12 (sábado), às 20hs, no Canteiro de Obras (próximo à antiga Praça do Fripisa), Teresina - Piauí.

Haverá a participação dos poetas da "Sociedade dos Poetas PorVir" e dos "Poetas do Piauí".

INQUIETUDES DE HORAS E FLORES (Edição bilíngue: português-espanhol)
Marcos Freitas. 1ª ed., Rio de Janeiro, Editora Livre Expressão, 2011
ISBN: 978-85-7984-262-7
Tradução: Carlos Saiz
O livro foi editado sob os auspícios do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=9048602&sid=97511819713721548787309074

Inquietudes de Horas e Flores, décimo livro de poesia de Marcos Freitas (edição bilíngue)

IRREVERSIBILIDADE

o tempo presente,
presente de um deus?
o tempo passado,
passado sem os meus.
o tempo futuro,
futuro para os seus?

IRREVERSIBILIDAD

el tiempo presente,
¿presente de un dios?
el tiempo pasado,
pasado sin los míos.
el tiempo futuro,
¿futuro para los suyos?

Marcos Freitas. Do livro “Inquietudes de Horas e Flores” (edição bilíngue: português-espanhol; 2011). Tradução de Carlos Saiz.
A edição do livro contou com os auspícios do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).


SERVIÇO:
Local: Canteiro de Obras
Data: dia 03/12 (sábado)
Horário: 20 hs.
ENTRADA FRANCA
 
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