segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Morre Benedito Nunes, um dos mais importantes pensadores da atualidade


27/02 às 16h23 - Atualizada em 27/02 às 16h27
Morre Benedito Nunes, um dos mais importantes pensadores da atualidade
Jornal do Brasil

BELÉM - O Pará perdeu uma de suas personalidades mais ilustres. Reconhecido internacionalmente como um dos pensadores mais importantes da atualidade, o professor, filósofo, crítico literário, ensaísta e escritor Benedito Nunes morreu na manhã deste domingo, aos 80 anos, no Hospital Beneficente Portuguesa, em Belém.

O corpo está sendo velado na Igreja de Santo Alexandre, no complexo Feliz Lusitânia, um dos pontos de Belém que ele mais amava. Benedito Nunes, professor emérito da Universidade Federal do Pará (UFPA), era também apaixonado por Belém e pela Amazônia e recebeu inúmeros prêmios, um dos últimos o Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.

O governador Simão Jatene divulgou nota oficial sobre a morte de Benedito Nunes:

"Em nome de todos os paraenses, agradeço a inestimável contribuição do mestre Benedito José Nunes à cultura do país. A sua dedicação como escritor, crítico de arte, filósofo e professor é irretocável. Mais ainda, sua grandeza como paraense se revelou quando recebeu convites irrecusáveis para trabalhar em outros centros, no Brasil e no exterior, mas escolheu o Pará como destino e lugar para viver e construir a sua vasta e admirável trajetória intelectual. O Pará, reconhecido, saberá honrar a sua memória."

Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/02/27/morre-benedito-nunes-um-dos-mais-importantes-pensadores-da-atualidade/

Benedito Nunes, o iluminista dos trópicos
Paraense de Belém, ele é considerado um dos maiores pensadores brasileiros e não abre mão de sua cidade natal
Adriana Klaute Leite

Em um de seus encontros com Benedito José Viana da Costa Nunes, em Belém do Pará, Clarice Lispector lhe disse: "Você não é um crítico, mas algo diferente, que não sei o que é". A escritora tinha razão ao demonstrar a dificuldade em rotular a obra do paraense que, nas palavras do professor aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas de São Paulo, Antonio Cândido, representa um tipo muito raro de intelectual, capaz de ser "um grande crítico literário e, ao mesmo tempo, um filósofo".

Nascido em 21 de novembro de 1929, o professor, filósofo, crítico e ensaísta Benedito Nunes define seu trabalho como "um tipo mestiço das duas espécies, a filosofia e a literatura". "Tento, dessa forma, fazer a ligação entre os dois campos, porém sem nivelar ou diminuir um ou outro, mas mostrar as suas correlações, afinidades e oposições", diz Nunes, que está bem perto de comemorar 80 anos de vida, mas de preferência em silêncio, no lugar em que mais gosta de ficar, sua biblioteca, sentindo o perfume dos livros. "Não gosto de parabéns, acho horrível, cafona."

mais em: http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/25/textos/673/

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pontos na curva da Praça Tahrir


Marcos Airton de Sousa Freitas
Brasília / DF

Pontos na curva da Praça Tahrir
http://www.camarabrasileira.com/apol75-047.htm

Índice de bondade ou a tortura dos dados


Marcos Airton de Sousa Freitas
Brasília / DF

Índice de bondade ou a tortura dos dados
http://www.camarabrasileira.com/out11-022.htm

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Poesia para se Ver, no Instituto Cervantes de Brasilia


Atividade gratuita
Inscrições na Secretaria do Instituto Cervantes de Brasilia:
Instituto Cervantes de Brasilia
SEPS 707/907-Conj. D
70.390-078 Brasilia-DF
Tfno. +55 61 32420603 +55 61 32420603
Fax +55 61 34437828

Também pode-se escrever por meio do e-mail: prof1bras@cervantes.es

Do outro lado da lua: novo CD de Patricia Mellodi


ABRAM OS OUVIDOS E O CORAÇÃO PRO NOVO CD DE PATRICIA MELLODI
Do outro lado da lua
Lançamento dia 13/04
Teatro Rival Petrobrás-RJ
Ouça já:
http://www.youtube.com/watch?v=9DwA0W3JLeg

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PROGRAMA POESIA - VINICIUS DE MORAES


PROGRAMA POESIA - VINICIUS DE MORAES



Adeilton Lima interpreta poema de Vinicius de Moraes neste programa da UnB TV, apresentado por Julliany Mu

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Melancólico Encerramento


Estou de luto. Estou decepcionada realmente por acontecimentos que interceptam os passos de nossa literatura. Isso aconteceu durante a semana que passou.
Montei bibliotecas em diversos lugares da capital da República para que as pessoas pudessem ter o prazer de uma boa leitura e até de trocar ou levar para casa um livro. Seria mais uma oportunidade de intercâmbio cultural principalmente para aqueles que não têm oportunidade de ter contato com os livros.
Uma das bibliotecas era localizada numa Farmácia cujo dono eu conheço há bastante tempo e que depois de uma larga experiência resolveu abrir sua própria farmácia. Esse farmacêutico amigo ficou entusiasmado com a possibilidade de oferecer aos seus clientes os livros que eu selecionara de minha própria casa. Era um ponto de curiosidade e apoio para todos que frequentavam a farmácia e enquanto esperavam ser atendidos.
Muitos iam lá apenas para trocar ou devolver os livros que haviam levado.
Isso aconteceu há quase três anos e ficamos encantados com a difusão da literatura e artes num ponto em que as pessoas geralmente chegam por vezes deprimidas com os próprios males.
Essa semana recebi um recado de Walmir, o farmacêutico responsável que recebera uma visita da Vigilância Sanitária e que o ameaçara de multar a farmácia pela presença dos livros. Ele argumentou que os mesmos estavam ali apenas para serem lidos e já faziam parte do interesse dos clientes.
O que terá o fiscal identificado de tão mal nos livros ali depositados? Seria ácaro? Seria poeira?Não acredito nesse argumento, pois como sabemos todos os medicamentos são hermeticamente fechados às vezes até com dificuldade de abri-los e invariavelmente contém a bula de papel. Este não seria um indutor para a produção de ácaro, assim como o seu invólucro e a sua caixa de papel?.
Tenho convicção de que faltou ao agente público sensibilidade para a sua decisão.É importante ressaltar que a este fiscal cabe verificar as irregularidades e por elas propor correções.Não creio, no entanto que o livro fizesse parte delas.
Tive que agir no prazo de cindo dias dado pela Vigilância Sanitária e fechei tristemente o Espaço Cultural posicionada num cantinho da farmácia, recolhendo os livros que tão cuidadosamente escolhera para o deleite dos clientes.
A insensatez fechou uma porta extinguindo uma mini biblioteca, mas a nobreza de atitudes do grupo Gazal dirigido pelo conceituado Empresário Antônio Matias recebeu os livros de forma imediata para a colocação em biblioteca por ele mantidas.
Respeitei a ordem da Vigilância Sanitária cujo trabalho sempre admirei lamentando esse episódio e principalmente a atitude radical de suas decisões, retirando friamente uma biblioteca já tão necessária ali naquele ambiente.
Há certos momentos na vida que precisamos usar o discernimento e a humanidade mesmo em regras absolutamente precisas mesmo porque tenho certeza que os livros ajudavam as pessoas e já era um ponto de encontro também com as letras.
Estou de luto, mas realmente feliz porque ainda existem pessoas que compreendem o valor da leitura. Agradeço ao Farmacêutico Walmir seu carinho para o nosso espaço cultural que se extingue ali tão melancolicamente.
Vânia Moreira Diniz

Aulas Djembê - Escola Mandeng Novo!

N.Srª da Poesia volta à cena no INSP


Brasília, Fev., 2011 - O Projeto N.Srª da Poesia voltou à cena no último dia 16 de fevereiro, tendo o artista plástico, poeta e ambientalista Rômulo Andrade na condução deste primeiro encontro do ano, com a nova turminha de meninas atendidas pelo Instituto N.Srª da Piedade (INSP), da ordem de irmãs jesuítas, no Lago Sul.

Rômulo Andrade criou e doou à Biblioteca Maria Cláudia Del’Isola, do Instituto (onde ocorrem os encontros), um estandarte com uma imagem estilizada da Padroeira dos Poetas – a “N.Srª da Poesia”, surgida da inspiração do grupo de voluntários que iniciou o projeto no ano passado. A “entronização” da nova Padroeira, simbolizada por uma árvore cercada de estrelas, conduziu a conversa poética de Rômulo com as crianças, toda calcada na natureza.

Sementes - Este ano, o projeto recebe nova turma de meninas, um pouco menores do que as do grupo anterior, mas igualmente sensíveis e abertas ao conhecimento da matéria poética. Algumas poucas das que frequentaram as aulinhas no ano passado continuam na turma, e mostraram que a semente vingou: três recitaram poemas de suas próprias autorias, para surpresa dos adultos presentes.

Assistiram à vivência ministrada por Rômulo Andrade: Cristina Del' Isola, presidente do Movimento Maria Cláudia Pela Paz, e algumas de suas colaboradoras, além da coordenadora da Biblioteca, Rosângela Melo, das voluntárias Cristina Lins, Gabriela Melo, Katia Aguiar, de uma professora das crianças, e da jornalista e poeta Angélica Torres. Ao final do encontro, pães de queijo, bolo de chocolate e guaraná completaram a alegria das meninas, que ficaram surpresas e felizes em saber que toda quarta-feira, ao longo do ano, na creche, é dia de Poesia, com poetas e artistas diferentes.

PROJETO N.Sª DA POESIA – Toda 4ª, às 15h, no Instituto N.Srª. da Piedade (QI 5, Chác. 7, Lago Sul. Tel.: 3248.1520), sala da Biblioteca Maria Cláudia Del Isola. Próximos encontros agendados: 23.02: Rômulo Andrade; 16.03: o poeta e performer Paco Cac; dia 23.03: o cineasta Bernardo Bernardes; 30.03: a poeta Bic Prado. Demais datas a serem agendadas.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nova Temporada da Ópera de Rua - "Auto do Pesadelo de Dom Bosco"

Já estão definidas as datas da Temporada 2011 do Grupo Ópera de Rua, de Brasília, com reapresentações do "Auto do Pesadelo de Dom Bosco", de Jorge Antunes. Com apoio do FAC-DF, o espetáculo ao ar livre será apresentado em 10 cidades do Distrito Federal, de 30 de abril a 5 de junho, todos os sábados e domingos às 16h00.

O "Auto do Pesadelo de Dom Bosco" é inspirado na tragicômica situação da política de Brasília.

Jorge Antunes, motivado pelos vídeos em que deputados recebem propina, e por fatos como a doação de panetones, concebeu a ópera em forma de cordel na qual os corruptos são julgados pelo povo, com história e personagens da Idade Média: Suseranos, Vassalos, Reverendos, Bruxa, etc.

A música mistura duas linguagens: a medieval e a nordestina. Ainda não é certo, mas Antunes pensa em acrescentar mais um personagem à ópera. Seria um nobre: H. Siél Maya, Cavaleiro da Ordem dos Sarneyentos.

O libreto completo está em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/opera-de-rua

Confira a reportagem da TV Globo:
http://www.youtube.com/watch?v=E7Jje9VM_VU

Eis o roteiro da nova temporada:

30 de abril- Recanto das Emas (Skate Park) 1º de maio- Samambaia (Estacionamento da Feira Permanente)
7 de maio- Ceilândia Sul (Praça do Restaurante Comunitário)
8 de maio- Taguatinga Centro (Praça do Relógio)
14 de maio- Guará (Praça da Administração)
15 de maio- Cruzeiro (Estacionamento da Feira Permanente)
28 de maio- Sobradinho (Feira da Lua)
29 de maio- Planaltina (Praça em frente ao Museu)
4 de junho- Santa Maria (Praça da Administração)
5 de junho- Gama (Praça do Cine Itapoã)

Siga Jorge Antunes pelo tweeter:
http://twitter.com/jorgeantunes

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Melhor Pré-carnaval de Sampa



PRÉ CARNAVAL -JEG ELÉTRICO - EMERSON BOY E BRINCALEONES
Local: BAR DO G - CAIUBI COM CAETÉS - ATRÁS DO FRANS CAFÉ DA SUMARÉ
Horário: domingo, 20 de fevereiro de 2011 14:00

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ife Tolentino faz show em Brasília


O músico paulista Ife Tolentino, radicado em Londres, é a atração do Feitiço Mineiro no dia 18 de fevereiro, às 22h horas. Ele desembarca em Brasília e toca com os músicos brasilienses Pablo Fagundes (gaita), Rafael dos Santos (percussão) e Marcos Moraes (guitarra elétrica).

Os instrumentistas apresentam o show "Brasília Jazz" que faz referência a música brasileira que Ife divulga na Europa há 18 anos.
Brazilian Jazz é como os europeus se referem a esse tipo de música brasileira, com harmonias e melodias sofisticadas.

No repertório, além de composições próprias gravadas na Inglaterra e Islândia, estão incluídas interpretações rearranjadas de Tom Jobim, Toninho Horta, Clôdo, Climério e Clésio, Vinícius de Moraes, Petrúcio Maia, Lobão, Gershwin, Luiz Gonzaga, Beatles, Baden Powell e Geraldo Pereira.

SERVIÇO
"Brasília Jazz"
Show com Ife Tolentino, Pablo Fagundes, Rafael dos Santos e Marcos Moraes
Sexta, 18/02 - 22h
Feitiço Mineiro - 306 norte
R$20,00
Reservas: (61) 3272-3032
CLN 306, Bloco B, Lojas 45/51, Brasília-DF

O Sol não Aparece, de Luciano Esposto


Novos autores precisam de persistência e coragem para publicar. Coragem para sair do papel. Persistência para acreditar que existe algo maior que os impulsiona a escrever. Algo pelo que vale a pena lutar. Eu não sei com quantos colegas já conversei pela rede. A verdade é que sempre procuro responder as mensagens que recebo e isso acontece desde 2004, quando decidi tirar meus escritos da gaveta. Foi assim que conheci muitas histórias. Autores que não sabiam registrar seus trabalhos no EDA e queriam apenas uma informação, outros que sondavam a participação em antologias, alguns admiravelmente engajados em atividades literárias, saraus, folhetins, outros sem recursos para custear uma simples participação em antologia. Vi muito desânimo por parte de quem enviou seu livro para análise vezes e vezes sem obter resposta. Vi pessoas com um sonho, mas sem condição de colocar a ideia no papel. Fiz amigos com quem compartilho um ideal. Amigos de quem falo com carinho e orgulho, pois apesar de toda e qualquer dificuldade no mercado editorial, são pessoas que simplesmente fazem acontecer. Não importa se hoje falta tinta na impressora ou dinheiro para postar um original e enviá-lo para avaliação; não importa se não obtiveram apoio de quem supostamente deveria apoiá-los. Sem uma condição financeira privilegiada ou o tal do quem indica, eles abrem espaço e tentam conquistar seu lugar. Estão apenas começando e por serem os novos nacionais, encontram grande resistência por parte dos leitores, no entanto, em muitos, a qualidade dos textos não se nega. Como também não se nega a capacidade de abrir caminho em meio às tantas portas fechadas com que nos deparamos ao longo do que significa escrever-publicar-ser lido.

Então, para o gênero e autor do "Feitiço" em fevereiro, tenho a alegria de postar o conto de um dos colegas que tanto admiro.

O SOL NÃO APARECEU
Luciano Esposto
Presidente Venceslau / SP
Antologia "Contos da Meia-noite"- Edição 2011, CBJE

Fonte: http://feiticoliterario.blogspot.com/2011/02/o-sol-nao-apareceu.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

OCUPAÇÃO explora a criação e a poética de Haroldo de Campos


Itaú Cultural e Casa das Rosas convidam
Instalações, ciclo de debates e objetos do arquivo pessoal do autor são algumas das atrações Ocupação Haroldo de Campos - H LÁXIA

A nona edição do projeto Ocupação homenageia o poeta, ensaísta e tradutor Haroldo de Campos. A exposição trata do processo criativo do escritor e apresenta instalações - conhecidas e também inéditas - baseadas em sua obra, além de registrar seu percurso intelectual e artístico. O evento também conta com um ciclo de debates e acontece na sede do Itaú Cultural e na Casa das Rosas , parceira da atividade, em São Paulo (veja abaixo a programação). A mostra se divide em vários núcleos. No Instituto Itaú Cultural, a instalação H LÁXIA, de Livio Tragtenberg, permite a imersão na obra de Haroldo, com a participação ativa do público, que pode gravar seus depoimentos. Já na "bibliocasa" de Haroldo, marginálias, edições especiais de seus livros, fotos, manuscritos, datiloscritos e edições anotadas e com dedicatórias.

A exposição OCUPAÇÃO Haroldo de Campos H LÁXIAS estará aberta ao público de 17 de fevereiro a 20 de abril no Itaú Cultural - Av. Paulista, 149, São Paulo SP nos horários:
- terça a sexta das 9h às 20h
- sábado, domingo e feriado das 11h às 20h
Entrada franca.

A Ocupação Haroldo de Campos é uma parceria entre o Itaú Cultural, a Casa das Rosas e o Governo do Estado de São Paulo.
Veja em tela o resumo da programação no Itaú Cultural e na Casa das Rosas. Mais informações na página http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2841&cd_materia=1504

Programação no Itaú Cultural
quarta 16 fevereiro - Abertura do evento (somente para convidados)
20h Leitura de poemas de Haroldo de Campos (somente para convidados que receberam os convites impressos)
com Arnaldo Antunes, Frederico Barbosa e Livio Tragtenberg

sábado 12 domingo 13 março
20h Multitudo - Recital multimídia tece um panorama da obra poética de Haroldo de Campos.
por Coletivo Mallarmídia Lab
com Frederico Barbosa, Marcelo Ferretti e Susanna Busato

sábado 9 domingo 10 abril
10h PARALÁXIA - Oficina de criação multidisciplinar. Os participantes desenvolverão criações textuais, musicais, videográficas e performáticas.
por Livio Tragtenberg
20h Ga-Galáxias - Show musical e visual concebido e dirigido por Livio Tragtenberg, com base em fragmentos de Galáxias.
por Livio Tragtenberg, José da Harpa Paraguaia, Peneira & Sonhador e banda

Programação na Casa das Rosas
domingo 20 fevereiro
17h mesa-redonda Ocupação Haroldo de Campos - H LAXIA - debate sobre a concepção do evento, o processo de criação de Haroldo, seu percurso poético, suas relações
com Frederico Barbosa, Gênese Andrade, Livio Tragtenberg e Marcelo Tápia
mediação Claudiney Ferreira

domingo 27 fevereiro
17h palestra Convívio de Poetas: Ernesto de Melo e Castro e Haroldo de Campos - a relação pessoal do poeta português com Haroldo, seu olhar como leitor e crítico e a recepção de sua própria obra pelo escritor
por Ernesto de Melo e Castro
apresentação Gênese Andrade

domingo 13 março
17h mesa-redonda Haroldo de Campos, Poesia e Música - Os músicos falam da experiência de trabalhar com Haroldo e da convivência com o poeta
por Cid Campos e Péricles Cavalcanti
apresentação Livio Tragtenberg

domingo 20 março
17h palestra Haroldo de Campos e o Cinema - Abordagem sobre a relação da obra de Haroldo com o cinema, especialmente o trabalho realizado por Julio Bressane
por Donny Correia
apresentação Marcelo Tápia

domingo 27 março
17h mesa-redonda Literatura em Exposição: Mostras sobre Escritores em Museus e Espaços Culturais - Discussão sobre o papel de instituições que têm se dedicado a fazer exposições relacionadas à literatura
por Antonio Carlos de Moraes Sartini e Claudiney Ferreira
mediação Frederico Barbosa

domingo 3 abril
17h mesa-redonda Editar Haroldo de Campos - Dois editores que acompanharam a publicação da obra de Haroldo falam sobre essa convivência no âmbito profissional e pessoal
por Jacó Guinsburg e Plínio Martins Filho
mediação Marcelo Tápia

domingo 10 abril
17h bate-papo Fotografar Haroldo de Campos - Juan Esteves, que fez importantes registros fotográficos de Haroldo de Campos, conversa sobre seus encontros com o poeta
por Juan Esteves
mediação Gênese Andrade

Locais:
- Casa das Rosas | Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura | Avenida Paulista 37 - Paraíso - São Paulo SP | informações: 11 3285 6986 e 3288 9447 | contato.cr@poiesis.org.br
- Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 | Paraíso - São Paulo SP [estação Brigadeiro do metrô] | contato itaucultural@comunicacaodirigida.com.br | Tel 11 3881-1710 e 8405-4664

Dá Licença Direitos Autorais
























Debate sobre a necessidade de Reforma na Lei de Direitos Autorais
Link: http://migre.me/3Skgv
Dá Licença Direitos Autorais
- do Creative Commons à modernização da LEi de Direitos Autorais

presentes : GOG (rapper), Fábrio Pedroza (moveis coloniais), Jaqueline Fernandes (MPB- Música Pra Baixar e Griô Produções), Prenass (Marco Civil / hiperficie.wordpress.com), Daniel Carvalho (olharfeeerico.wordpress.com)

19h - recepção
19:30 as 23h - debate
23h - dicotecagem com Prenass e Esdras (Móveis Coloniais)
Local: Balaio CAfé - 201 norte
Entrada: Livre
mais infos: (61) 7814.4275

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Segredo de Estado. O Desaparecimento de Rubens Paiva.


Exposição sobre Rubens Paiva chega à Câmara dos Deputados nesta quarta (16)
Homenagem ao ex-deputado, que é um dos símbolos dos desaparecidos políticos brasileiros, terá também lançamento de livro na quarta (16).

http://www2.camara.gov.br/portal/Camara/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/noticias/exposicao-sobre-rubens-paiva-chega-a-camara-dos-deputados

Segunda-feira, 14/02/2011
Brasília(DF) - A Câmara dos Deputados convida para a abertura da exposição Não tens epitáfio, pois és bandeira, sobre o desaparecido político e ex-deputado Rubens Paiva, a ser realizada nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, às 11 horas, no Hall da Taquigrafia. Na ocasião, também será lançado o livro Segredo de Estado – o desaparecimento de Rubens Paiva, do jornalista e escritor Jason Tércio.

Rubens Paiva é um dos símbolos dos desaparecidos políticos brasileiros. Ex-deputado federal, empresário, cassado por defender o governo legítimo, pagou com sua vida pela solidariedade aos que eram perseguidos pela ditadura.

A mostra, iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade e seu objetivo é resgatar a trajetória de vida e a obra do ex-deputado, desaparecido em 1971 durante o regime militar. Não tens epitáfio, pois és bandeira já passou pelo Rio de Janeiro e agora traz à Câmara momentos da vida familiar e profissional de Rubens, assim como momentos na sua batalha pela democracia. A abertura da exposição será dia 16 de fevereiro, às 11 horas, e a visitação poderá ser feita até dia 25 de fevereiro, das 9 às 18 horas.
Registro para a história
O livro "Segredo de Estado – o desaparecimento de Rubens Paiva" reconstitui todos os acontecimentos relacionados ao mais controvertido caso de desaparecimento político ocorrido durante o regime militar, há exatamente 40 anos. Escrito em linguagem literária, mesclando técnicas de romance, biografia, reportagem e crônica, a obra ressalta a dimensão humana do caso, entrelaçada ao contexto político e social do país, trazendo episódios inéditos, como os bastidores do Congresso Nacional antes e durante o golpe militar, o asilo de políticos e jornalistas na embaixada da Iugoslávia (hoje Sérvia), a fuga de Darcy Ribeiro e Waldir Pires de Brasília, graças a ajuda de Rubens.
O desaparecimento
No dia 20 de janeiro de 1971, agentes da Aeronáutica invadiram a casa do ex-deputado, na Av. Delfim Moreira, Rio de Janeiro, prendendo também, no dia seguinte, sua mulher e uma das filhas. Os efeitos desses acontecimentos na família, a luta da viúva, Eunice, para encontrar Rubens, a versão oficial da fuga e os bastidores da repressão política da época são intercalados com os principais momentos da vida de Rubens Paiva como político, empresário e pai de família.

O livro, que demorou quatro anos e meio para ser escrito, é todo baseado em minuciosa pesquisa do autor em documentos dos órgãos de segurança e de arquivos particulares, depoimentos orais e inquéritos. Seu lançamento ocorrerá às 11 horas do dia 16 de fevereiro, como nova sessão de autógrafos às 18 horas.
*****
Serviço:
Exposição "Não tens epitáfio, pois és bandeira", sobre o ex-deputado Rubens Paiva
Abertura: 16 de fevereiro, às 11 horas
Visitação: de 16 a 25 de fevereiro, das 9 às 18 horas, no Hall da Taquigrafia, Anexo II.

Lançamento do livro Segredo de Estado – o desaparecimento de Rubens Paiva, do jornalista Jason Tércio.
Data: 16 de fevereiro de 2011, 11 horas, com nova sessão de autógrafos às 18 horas.
Local: Hall da Taquigrafia.

Realização: Câmara dos Deputados

A Incrível História de von Meduna e a Filha do Sol do Equador, de Edmar Oliveira


Do mesmo autor de “Ouvindo Vozes”. Enquanto no livro anterior os porões da psiquiatria brasileira foram abordados através das “histórias do Engenho de Dentro e lendas do Encantado”, recuperando para a vida pessoas soterradas na continuação do primeiro hospício do Brasil, no Rio de Janeiro, neste livro o autor “invenciona” a história de von Meduna no seu caso de amor à terra “Filha do Sol do Equador”.

Participante da Reforma Psiquiátrica que se instala em Teresina, como consultor, o autor, radicado no Rio de Janeiro, mas apaixonado por sua terra natal, mergulha na história da Psiquiatria no Piauí, se envolve emocionalmente com as aventuras dos loucos de sua infância, e apresenta um painel apaixonado de histórias da psiquiatria piauiense, da implantação de um modelo comunitário de assistência que se propõe substituir a internação psiquiátrica.

Não é um livro técnico, mas um romancear de quem toma partido contra uma psiquiatria repressiva que deve ser atacada no campo dos direitos humanos. Um livro para ser discutido por estudantes, profissionais, usuários, familiares, enfim, por toda à sociedade a quem é proposta uma nova ética de inclusão da loucura.

E como o modelo que foi combatido, o hospício, é o mesmo em qualquer lugar do planeta, não é um livro sobre o que acontece no Piauí, mas sobre o que faz a psiquiatria em todos os hospícios de qualquer cidade do Brasil e um elogio à forma de acontecer a Reforma Psiquiátrica, prática em saúde mental que vem substituindo o antigo manicômio em todo o país.

Paulo Tabatinga. Teresina, Piauí, Brasil.

Para adquirir o livro:TOCCATA - loja de cds e livraria
Rua Angélica, 1467 (por trás do mesmo local quando a Toccata era na N.S. de Fátima, no Jóquei), Teresina, Piauí. Tel 086-3233-5181

Mais sobre o autor:
http://piauinauta.blogspot.com/

sábado, 5 de fevereiro de 2011

TRINTA GATOS E UM CÃO ENVENENADO de Geraldo Lima





A peça de teatro TRINTA GATOS E UM CÃO ENVENENADO de Geraldo Lima  virou livro antes mesmo de ir ao palco.
Publicada  pela Ponteio Edições.
O livro  pode ser adquirido aqui: http://migre.me/3OPj1




Geraldo Lima é autor dos livros:  A noite dos vagalumes (contos, Prêmio Bolsa Brasília de Produção Literária), Baque (contos, LGE Editora/FAC), Nuvem muda a todo instante (infantil, LGE Editora) e UM (romance, LGE Editora/FAC).
Das antologias: Antologia do conto brasiliense (Projecto Editorial, org. por Ronaldo Cagiano) e Todas as gerações - o conto brasiliense contemporâneo (LGE Editora, org. por Ronaldo Cagiano). Participei, também, do Projeto Portal: revista Solaris e revista Neuromancer, org. por Nelson de Oliveira.e-mail: http://www.blogger.com/goog_2115280723

5 de fevereiro de 1974 - A morte de Mestre Bimba, um filho de Zumbi


Morreu em Goiás, aos 73 anos, Manoel dos Reis Machado, o baiano Mestre Bimba, considerado como verdadeiro divisor de águas na história da capoeira, que introduziu elementos de boxe, jiu-jitsu e catch aos gestos coreográficos da capoeira de angolana. Com sua morte, desaparece um dos elos mais fortes que ligavam a capoeira às usas origens históricas.

Bimba foi um divisor de águas na história da Bahia. Revolucionou a concepção conservadora que se tinha da Capoeira, e criou seu estilo próprio, introduzindo valores da classe média num meio cujas normas implícitas permaneciam mais ligadas ao pathos pré-Abolição da Bahia. Ele incorporou à capoeira os golpes mais agressivos de lutas estrangeiras - a antropofagia cultural de que falava Oswald de Andrade não lhe era estranha na prática. Montou uma academia para ensinar a sua arte a jovens filhos da classe média, prováveis descendentes de antigos donos de escravos. E seguiu com rigor as regras educacionais, que incluía uniforme, exames, formatura, diploma e medalha. Tudo formalizado por uma autorização da Secretaria de Educação estampada na parede da academia, a primeira a ser legalizada no Brasil. "Ninguém pode mexer comigo", sorria.

O jogo da capoeira permaneceu nele, em sua fala, em seu corpo, em seu berimbau, como um valor essencial de sua gente, sustentado pelos orixás do Candomblé, dos quais era fiel temeroso. Foi um herói dos que se movem num dos muitos planos simbólicos e contraditórios que atravessam a formação social brasileira.

Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Reynaldo Foi plantar Poesia n’outro Jardim

A morte de Reynaldo Jardim
Enviado por luisnassif, qua, 02/02/2011

Desculpem a repetição do tema triste, mas o faço por uma obrigação imperial, ou ordens do Rey, para afastar a tal da tristeza pungente, que a meia noite me fez chorar um pouquinho e baixinho abraçado à Maria.
Pois agora sorrio e me perco em o que dizer nessa hora. Por isso a repetição do tema: essa noite o Rey morreu. Tenho tantas histórias dele para festejar. Algumas nossas. Poucas minhas sobre ele. De Reynaldo Jardim, devo quase tudo de bom que me aconteceu nos últimos tempos. E como nunca fomos tão piegas, deixo a última história que presenciei em sua casa, na sexta feira passada, dia 28 de janeiro, como uma maneira de dizer "até breve".
Estávamos em um jantar na casa de Reynaldo e Elaina, junto do ilustre poeta e diretor da Biblioteca Nacional, Antônio Miranda. Acho que ele já tinha ido embora quando o Rey nos parou na sala, pediu que ficássemos mais um pouco e contou de uma ligação inusitada que havia recebido há poucos dias.
Um homem ligou para Reynaldo dizendo que morava em São Paulo, que achou seu telefone na internet e que estava ligando por causa de sua mãe. Disse que eles foram amigos no colégio, quando Rey Jardim havia completado pouco mais de 20 anos. Pediu então, permissão para que a mãe, uma senhora de seus 80 e poucos, pudesse ligar para o desconfiado poeta.
Heleninha, chamava-se a senhora. Contou ao Rey e a sua esposa, por telefone, que eles tinham sido muito amigos. Enfatizou à Elaina que nunca foram namorados, apenas amigos. Claro que, todos nós que ouvíamos a história, e a própria Elaina, pensávamos: "obviamente, o Rey a comeu!"
Bom, ela falou que o Rey, na época, ainda lhe escrevera um poema. "Comeu, certeza!" afirmamos todos e rimos. Reynaldo Jardim se defendia dizendo que não tinha a mínima idéia de quem era essa tal de Heleninha. Disse que lembra o colégio, mas que havia na sala apenas um outro homem além dele, e o resto era só mulher. "Como poderia me lembrar de todas?"
Enfim, achamos interessante o re-encontro inusitado de 60 anos e comentávamos como troça. Reynaldo cantava as moças desde a tenra idade. Um poema a mais, um a menos...
Mas não é que a Elaina, depois da poeira baixada e já com outros assuntos em pauta enquanto conversávamos, mexia na correspondência do dia e encontrou uma carta! Endereçada ao nobre Rey! Cujo o remetente levava o nome de Helena (não lembro o sobrenome)!!.
Todos abismados e curiosos enquanto ela abria a carta. De lá, tirou dois pedaços de papel. Um bilhete curto que dizia mais ou menos assim (não sei as palavras certas e escrevo de memória, portanto, perdoem qualquer erro, mas afirmo que esse era o teor):
"sou a Heleninha, sua amiga do colégio tal. Não sei se se lembra de mim, mas nunca me esqueci de você. Você me escreveu um poema que, desde aquela época, o tenho usado como uma oração, uma reza mesmo, que evoco nas melhores e piores horas de minha vida. Esse poema faz parte das minhas melhores lembranças e queria que soubesse o quanto de alegria me proporcionou nesses mais de 60 anos, muito obrigada. Sua amiga para sempre, Heleninha".
Elaina desdobrou o outro pedaço de papel e lá havia uma cópia em xerox de um texto em versos. O título era algo com "canto", ou "cântico". Elaina reconheceu a letra na hora. Disse que ainda é a mesma. "A assinatura também é igualzinha, Rey!" exclamou Elaina.
Ela leu em voz alta o poema todo, pois é a única que decifra com desenvoltura a letra de Reynaldo Jardim. No final, a assinatura: Reynaldo Jardim, 8 de outubro de 1948.
Todos ficamos arrepiados e sorrisosos! Não digo que brotaram lágrimas em mim, mas a vi na Maria, na Elaina que ria, no Rey que ouvia.
Reynaldo fez isso com Heleninha. Fez isso comigo também. Fiz-lhe um filme pequeno para homenageá-lo. É meu primeiro filme. Ganhamos a Mostra Brasília, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2010. Além do Candango, tenho também na estante, um Jabuti, pois ele me deu o que ganhou em 2010, com Sangradas Escrituras (livro antologia). Tenho certeza que nosso premio no cinema também lhe veio como uma homenagem. Reynaldo faz isso com as pessoas. Reynaldo Jardim é gênio criador, artista revolucionário e delirante. Liderou ou influenciou os lideres de todas as grandes revoluções artísticas do século 20, tanto na poesia, como, e principalmente, na imprensa brasileira. Repito: Reynaldo fez isso em Heleninha, em mim e em milhares de outros. Reynaldo faz isso com as pessoas. Ele marca, com uma assinatura funda, nossa pele, nossa forma de pelear, nossas palavras e futuros e histórias e cores e coragens e sorrisos fugazes ou eternos e reticências... Essa noite ele morreu. Viva o Rey!
Por Antônio Carlos Queiroz
A Velha Guarda dos Jornalistas do Distrito Federal lamenta informar que faleceu nessa terça-feira à noite, por volta da meia-noite, o poeta e jornalista Reynaldo Jardim, 84, em decorrência do rompimento de um aneurisma abdominal.
O velório ocorrerá entre as 15h e 18h na Capela 6 do Cemitério da Esperança, onde ele será enterrado em seguida.
Reynaldo deixa a esposa, Elaina Maria Daher, os três filhos do casal, Rafael, Gabriel e Micael, e a filha Teresa, de seu primeiro casamento.
Do site do poeta Antonio Miranda (www.antoniomiranda.com.br) extraímos os seguintes dados biográficos de Reynaldo Jardim:
Reynaldo Jardim nasceu em São Paulo no dia 13 de dezembro de 1926.
Entre outras atividades profissionais, participou, nos anos 50, da Reforma do Jornal do Brasil - onde criou e editou o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, o Caderno de Domingo e o Caderno B. Ainda no mesmo grupo, dirigiu a Radio Jornal do Brasil O Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, o SDJB, passou de páginas de receitas de bolo ao mais importante suplemento literário de poesia concreta do Brasil, por onde passaram crí¬ticos e escritores de grande nome, como Oliveira Bastos, Mário Faustino, entre outros. Antes disso, fora redator das revistas O Cruzeiro e Manchete, exerceu cargos de chefia na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mauá, na Rádio Globo e na Rádio Nacional, todas no Rio de Janeiro, e na Rádio Excelsior de São Paulo.
Ao se demitir do JB, em 1964, Reynaldo Jardim continuou a exercer atividades de grande destaque na imprensa do Rio de Janeiro: foi diretor da revista Senhor e diretor de telejornalismo da recém-inaugurada TV Globo. Já em 1967, criou o jornal-escola O Sol (1), sem dúvida um marco na história da imprensa brasileira, com textos criativos e projeto gráfico inovador. Dirigiu o Correio da Manhã no período de 1967 a 1972. Trabalhou em diversas capitais brasileiras até chegar a Brasí¬lia, em 1988.
Realizou, também, reformas gráficas em jornais de diversas capitais do Brasil, como A Crí-tica (Manaus, Amazonas), O Liberal (Belém, Pará), Gazeta do Povo (Curitiba, Paraná), Jornal de Brasília (Brasí¬lia, DF) e Diário da Manhã (Goiânia, Goiás). Em Brasí¬lia, foi editor do caderno Aparte, do Correio Braziliense e diretor executivo da Fundação Cultural do Distrito Federal.
Tem dez (2) livros de poesia publicados, entre eles Joana em Flor e Maria Bethânia, Guerreira, Guerrilha. Seu mais recente livro A Lagartixa Escorregante na Parede de Domingo. Como poeta compulsivo, Reynaldo Jardim manteve a única coluna diária de poesia em jornal, no Caderno B do Jornal do Brasil de 2004 a 2006, quando a coluna passou a semanal. Em 1968 havia tido a mesma experiência, de um poema por dia, no Jornal de Vanguarda, exibido pela TV Rio quando, ao vivo, comentava em versos o acontecimento mais importante do dia.
(1) A história do jornal, pioneiro da imprensa alternativa brasileira, foi contada em filme documentário dirigido por Tetê Moraes e Martha Alencar, com depoimentos de grandes figuras de destaque no cenário cultural da época, como Ziraldo, Zuenir Ventura, Arnaldo Jabor, Chico Buarque, Caetano Veloso, Carlos Heitor Cony e Fernando Gabeira.
(2) No ano passado, Reynaldo ganhou o Prêmio Jabuti, tendo sido classificado em segundo lugar na categoria poesia pela Câmara Brasileira do Livro.

PONTOS NA CURVA DA PRAÇA TAHRIR


o geômetra Jorge
triangula com as palavras
desloca significados em função dos ângulos
(paralelos, congruentes, opostos, que importa?).
entre seus axiomas e postulados, o que importa mesmo,
é demonstrar a validade de cada emoção,
de cada gesto, de cada pensamento,
ainda que no plano cartesiano ou fora dele.

o geômetra Jorge,
assim como os primeiros agrimensores,
nascidos no Egito,
grita, hoje, por liberdade, por mais espaços (reais e virtuais),
na praça Tahrir, no Cairo.

MARCOS FREITAS
 
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