segunda-feira, 24 de junho de 2013

Secretaria de Cultura: produtora ou fomentadora?

Dia do evento
20 de junho 2013 às 12:06
Antes da existência do FAC, o secretário de cultura podia decidir como aplicar todos os recursos de sua pasta. Assim, ele priorizava as atividades da própria Secretaria e os projetos da comunidade eram preteridos. Só conseguiam apoio eventual alguns “apadrinhados” e outros que tinham muita importância na cidade. Mas a grande maioria ficava sem nada e alguns se submetiam à humilhação para realizar seus projetos. Os contemplados não eram comparados com as demais propostas para saber qual delas teria melhor mérito cultural.
Havia duas injustiças na antiga forma de decisão: 1 – Elas priorizavam as produções culturais da própria Secretaria de Cultura; 2 – o pouco que era repassado como fomento favorecia os “apadrinhados” e estava vulnerável à manipulação, criando no gabinete um “balcão” de negócios político-culturais.

O movimento lutou contra essas injustiças e conquistou o FAC
O movimento cultural dos anos 80 lutou muito por uma política democrática de fomento e, em 1991 foi criado o primeiro Fundo de Cultura do DF, o FAAC. Mas somente em 1999 ele foi transformado no FAC e passou a ser realmente usado para o fomento. 
Para atacar a primeira injustiça acima mencionada, o FAC impede o governo de concorrer com a comunidade, separando as fontes financeiras. Essa separação aparece no art. 2º da Lei 267/99, que criou o FAC dentro do “Programa de Apoio à Cultura”. O art. 8º, § 3º, diz: “É vedado o acesso aos recursos do FAC às entidades governamentais.” Com isso, fica clara a separação das fontes de recursos: o FAC é o mecanismo destinado somente aos projetos da comunidade.
A segunda injustiça também foi atacada pela lei do FAC. A seleção é precedida de divulgação de edital para que todos possam concorrer. Além disso, as decisões são tomadas pelo Conselho de Cultura (art. 6º, § 2º), do qual, metade dos participantes era eleita pela comunidade. Com isso, a decisão saiu do gabinete do secretário e o mérito cultural passou a ser o critério mais importante.
Então, o FAC foi a melhor invenção da política cultural do DF. Mas ele já sofreu retrocessos: em 1999 o governo Roriz acabou com a eleição dos representantes da comunidade para o Conselho de Cultura. Agora o governo Agnelo quer passar a selecionar sem editais. A história do fundo está disponível em www.culturadeclasse.blogspot.com.br

O governo atual quer usar o FAC para sua produção cultural
O atual governo passou a cortar cada vez mais as fontes de recursos destinados às atividades da Secretaria. Então, em lugar de lutar contra esses cortes, ela tenta driblar a lei, usando o FAC para realizar seus próprios projetos. Faz isso incluindo no edital algumas “modalidades” que são, na prática, uma encomenda de projetos pré-definidos.
Em 30 de agosto de 2013, o secretário de cultura divulgou uma nota anunciando que usaria o FAC para reformar os teatros e realizar outros eventos da Secretaria. A nossa gritaria foi grande e ele teve que voltar atrás. Agora, está fazendo a mesmo coisa. Só não tem mais a dignidade de assumir que são projetos do próprio órgão.
Nós consideramos que as atividades da Secretaria são da maior importância, mas, se forem realizadas com os recursos do FAC, abre-se o precedente. Se entrarem alguns projetos agora, nos anos seguintes a Secretaria poderá abocanhar a maior parte dos recursos do FAC. A concorrência desleal proibida pela lei estará se realizando na prática. Depois mudam a lei.

http://www.t-bone.org.br/index.php/t-bone-cultural/noite-cultural-2-21/secretaria-de-cultura-produtora-ou-fomentadora/

domingo, 23 de junho de 2013

‘Reforma Política Já’



Autores do Ficha Limpa lançam o ‘Reforma Política Já’

Com o apoio de 70 instituições, movimento quer aproveitar nova onda de pressão popular para mudar sistema eleitoral em 2014

22 de junho de 2013 | 17h 49
Valmar Hupsel Filho - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Em tempos de manifestações nas ruas por mudanças na sociedade brasileira e crise da representatividade dos partidos políticos, uma rede formada por 70 instituições inicia, a partir desta segunda-feira, 24, a campanha Reforma Política Já. Os mesmos autores que propuseram a Lei da Ficha Limpa querem promover um chamamento público nacional para colher assinaturas suficientes para a aprovação de um projeto de lei de iniciativa popular que sugere alterações no sistema eleitoral que possam valer já nas eleições do ano que vem.
A duas principais alterações propostas são a extinção das doações de pessoas jurídicas, e restrições às feitas por pessoas físicas para campanhas; e a realização de eleições proporcionais (para vereadores e deputados) em dois turnos, onde no primeiro os eleitores votariam nos partidos e, no segundo, nos candidatos. Isso, segundo os autores, representaria redução dos custos e maior transparência no processo eleitoral, fortalecimento dos partidos e suas ideias programáticas, e a eliminação do clientelismo e "da nefasta influência do poder econômico nas eleições".
A ideia é não só para transformar a proposta em projeto de lei, como aconteceu com a Lei Complementar 135/2010 (Ficha Limpa), mas sancioná-lo a tempo para que as novas regras incidam sobre a eleição de 2014. "O sistema político brasileiro está tão defasado que não é justo para o Brasil passar por outra eleição com estes moldes", disse o juiz Márlon Reis, cofundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
A campanha pode ganhar força num momento de grande pressão popular. No pronunciamento que fez em cadeia de rádio e TV na sexta-feira, 21, Dilma disse que quer contribuir para a construção de uma "ampla e profunda" reforma política.
A meta da campanha é recolher 1,5 milhão de assinaturas num prazo de 30 dias. O número equivale a 1% do eleitorado brasileiro, mínimo necessário para dar início à tramitação do projeto, que deve estar aprovado, sancionado e publicado no Diário Oficial até a data limite de 5 de outubro, exatamente um ano antes das eleições.
Márlon Reis considera o prazo possível. "Na lei contra a compra de votos, todo o processo, desde o início da coleta de assinaturas até a publicação no Diário Oficial, durou 32 dias", disse.
Baratear. Além da extinção do financiamento de campanhas por empresas, o projeto prevê um teto máximo para doações feitas por pessoas físicas de um salário mínimo por doador. "A ideia baratear as campanhas, pulverizar as doações e impedir que um grande financiador seja o dono do mandato", disse Reis. Ele ressalta que as doações seriam feitas ao partido e não mais ao candidato, como é possível atualmente.
A adoção do que os autores chamam de "voto transparente" também representaria o barateamento do sistema eleitoral, segundo o promotor de Justiça Edson de Resende Castro, membro do MCCE e coautor da minuta do projeto.
Na eleição em dois turnos, o primeiro serviria para a definição da quantidade de cadeiras que ocupará cada partido na legislatura seguinte. Os eleitores votariam nos partidos e não em candidatos, que não poderão participar da campanha nesta fase. Quanto mais votos receber uma legenda, mais cadeiras ocupará no Legislativo.
"Com três meses de campanha no horário gratuito de rádio e TV, as campanhas seriam mais programáticas porque os partidos não teriam outra alternativa senão apresentar e discutir propostas", disse. "O sistema atual não valoriza os partidos." Definida a quantidade de vagas a serem ocupadas por cada legenda, os partidos apresentariam a lista de seus candidatos.
Assim, segundo Castro, seria reduzida em cerca de 70% a quantidade de candidatos ao Legislativo, o que daria maior representatividade aos eleitos. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sarau Poético com Show de Clara Telles



O dia 21/06 será de comemorações para o T-bone e os brasilienses. O projeto Biblioteca Popular fará seu aniversário de seis anos. Haverá também a inauguração de mais uma Estação Cultural ao lado do açougue T-bone, na 312 Norte.  A programação começa às 20h e contará com a participação de vários poetas da cidade e com o show (RE)VERSO, da cantora e participante do Movimento Viva Arte, Clara Telles.
A primeira Parada Cultural foi inaugurada no dia 21 de junho de 2007, simbolizando o aniversário do escritor Machado de Assis.  Ao longo dos anos, foram montadas outras estantes em pontos de ônibus da cidade, com livros disponíveis a qualquer cidadão, sem a exigência de documentos ou preenchimento de qualquer cadastro. Doações são feitas todos os dias. Prateleiras e conhecimento são renovados diariamente. É uma iniciativa que estimula a leitura e promove a rotatividade dos livros.
A outra vertente do projeto são as Estações Culturais, compostas de totens multimídia com acesso à internet. O usuário pode, de forma gratuita, acessar desde e-mail e redes sociais até oportunidades de trabalho e serviços públicos disponibilizados online. Hoje são cinco Estações Culturais em implantação, sendo duas localizadas na W3 Norte (nas Paradas Culturais das Quadras 712 e 512), uma no Setor Bancário Sul (em frente ao Edifício Sede I do BB) e outras duas na Rodoviária do Plano Piloto. Este projeto é em parceria com a fundação Banco do Brasil.
Não deixem de prestigiar a leitura, poesia, música e arte. Dia 21 de junho, às 20h, no Açougue Cultural T-bone. 


O GIGANTE DESPERTOU: QUO VADIS? E AGORA, JOSÉ?

 Antonio Miranda, poeta, professor titular da Universidade de Brasília

O Brasil sempre foi reconhecido como pacifico, tolerante e despolitizado. No Exterior, conhecido pelo estereotipo da combinação do futebol com o carnaval, do erotismo e exotismo de seu comportamento e a exuberância dos recursos naturais e meio-ambiente. Gilberto Freyre cunhou a imagem de uma “unidade na diversidade”, de uma sociedade de “casa grande e senzala” em que as tremendas diferenças de classe eram amenizadas pelas relações sociais afetivas. Uma vasta extensão territorial onde a língua aproximou e forjou o país mesmo antes da abertura de estradas, da conquista do interior — em que se insere o desenvolvimento tardio da Amazônia e do Centro-Oeste. Roberto da Matta encontra na sociedade brasileira, em confronto com outros povos, um comportamento ambivalente, em que somos mais liberais na rua do que dentro de casa. Vem em nossa configuração ou estereotipo a herança colonial, o patriarcalismo, a capacidade de apaziguar os conflitos, o “jeitinho” brasileiro. Numa redução simplista, partimos da colonização portuguesa, passando pela miscigenação racial oriunda da escravatura e, posteriormente, pela imigração de europeus e asiáticos, conformando uma idiossincrasia mais sincrética, um hibridismo de valores e crenças. Um fascínio pela cultura e língua francesa no nosso processo civilizatório e, nos últimos sessenta anos, a adoção — não necessariamente a eleição — da cultura norte-americana como modelo. Um país de cultura “mestiça”, não apenas pelos cruzamentos raciais, mas sobretudo pela amálgama de costumes e valores, apesar das enormes diferenças regionais, do baixo nível educacional. Apesar dos avanços mais recentes graças à escolarização universal e à ascensão social de milhões de pessoas à cidadania e a condições mais razoáveis de vida, mas sem vencer ainda as tremendas desigualdades sociais. Stefan Zwaig cunhou a legenda de ser o Brasil “o país do futuro” e Michel Sèrres derivou a sua “filosofia mestiça” inspirada no hibridismo e no nosso ecletismo.

 Como explicar os levantes de junho de 2013 em todo o país e, em escala mais reduzida, nas periferias e no interior? Reflexo da melhoria dos níveis de educação, da inclusão social, das mudanças significativas no poder aquisitivo e consequente acesso aos bens de consumo?

 A perplexidade do governo e da classe política diante das passeatas, das manifestações públicas de repúdio às práticas da corrupção e da violência, denúncia de gastos públicos sem transparência, inflação crescente. Custos de obras públicas exorbitantes, entre elas as das copas das confederações e a mundial, enquanto é flagrante a precariedade das infraestruturas: estradas, hospitais, escolas, formação de recursos humanos e segurança pública. As críticas aos partidos políticos tradicionais, o rechaço às práticas de negociação com os partidos da base de governo, o loteamento de cargos públicos, a exoneração constante de ministros e servidores públicos que logo, quase sempre, são renomeados para outras funções. Impunidade. Lentidão da justiça. A forma de governar por medidas provisórias.

 Os cientistas políticos, os jornalistas mais especializados e os economistas, durante os meses do julgamento do Mensalão, no Supremo Tribunal Federal, foram enfáticos em apontar para a enorme reserva de manobra que o governo tem para o aliciamento de pessoas carentes mediante programas assistenciais. O baixo nível de desemprego e uma elevação, ainda que discriminatória, do “índice de desenvolvimento humano” explicariam que não houve, durante o julgamento do referido Mensalão, protestos nem uma comoção nacional. Mas certamente que o processo causou um tremendo impacto na consciência das elites e das camadas mais intelectualizadas, formadoras de opinião por excelência, e que o “alheiamento” das classes mais despossuídas não significa necessariamente desconhecimento da gravidade do que estava sendo julgado.

 Por que os brasileiros, a exemplo do que era a nossa tradição, não saiu pintando as ruas, colocando bandeiras nas janelas, em unívoca e uníssona torcida por todo o país desde a abertura da Copa das Confederações? Como explicar o constrangimento das manifestações multitudinárias na inauguração do Estádio Nacional de Brasília, ameaçando o acesso dos torcedores ao jogo entre Brasil e Japão? E a vaia durante a fala da Presidente Dilma Roussef, de repercussão internacional? Por que, em vez de celebrar a primeira vitória da seleção de futebol enquanto, ao contrário das vezes anteriores — que sempre foi de carreatas e fogos de artifício — parte considerável da população saiu às ruas das principais cidades para protestar contra o aumento das passagens dos transportes públicos, questionando os altos custos das obras nos estádios, levantando as questões da precariedade dos serviços públicos de saúde e educação, numa pauta difusa, sem lideranças explícitas? Quem leu “A rebelião das massas”, de Ortega e Gasset, sabe que as manifestações incluem diferentes grupos, dos mais bem intencionados até os radicais, que atraem o lumpem, os que vivem nas ruas e os marginais sem voz e sem direitos e que, a qualquer pretexto ou falta de monitoramento, descambam inevitavelmente para os excessos pelos recalques sociais.

 Por dias seguidos, entre passeatas pacíficas, tentativas de invadir prefeituras, saqueando lojas, culminando com a “tomada” do Congresso Nacional, onde, mesmo sem invadir o prédio, os manifestantes enfrentaram a polícia e subiram as rampas e o telhado entre as cúpulas do Senado e da Câmara dos Deputados, ao lado do Palácio do Planalto, gritando palavras de ordem e exibindo cartazes com reivindicações contra os altos salários dos políticos, pedindo transporte gratuito, exigindo respeitar o direito do Ministério Publico de fazer investigações, e até questões relacionadas com os direitos dos indígenas e mais verbas para a educação. Sem aceitar o apoio de partidos políticos tradicionais, repudiando a presença de sindicatos e não admitindo a presença de políticos em suas fileiras. Sem lideranças explícitas, convocados pelas redes sociais. Tudo isso depois de manifestações exemplares — no sentido cervantino do termo — da Primavera Árabe, das insurgências na Rússia e os levantes na Turquia a pretexto de impedir a reurbanização de uma praça pública, mas que revelam repúdio ao autoritarismo crescente de um governo que começa a erodir o laicismo e o sentido plural da composição do governo. Tendo como pano de fundo os antecedentes do derramamento de informações sigilosas de governos pelo Wikileaks e as denúncias de monitoramento de arquivos privados dos meios de comunicação pelo serviço secreto do governo do Obama.

A explicação estaria na mudança de paradigmas e nas transformações dos meios de comunicação pelas tecnologias. Partimos de um modelo “de poucos para poucos”, em tempos mais remotos, quando poucos autores escreviam e eram ouvidos ou lidos por uma público muito limitado, mesmo depois do advento da tipografia. Seguiu-se um modelo “de muitos para muitos” com os avanços da educação e da pesquisa em escala mundial, sobretudo com o surgimento de meios reprográficos, da comunicação de massa, da crescente segmentação dos meios de comunicação abertos e por cabo, da imprensa alternativa e dos meios mais interativos de acesso ao conhecimento, sem menosprezar o avanço da multivocalidade, da transdisciplinaridade e outros meios de criação coletiva e compartilhando mais solidário dos acervos informacionais. Sem esquecer das tendências para um compartilhamento mais aberto mediante dispositivos como o Creative Commons e Science Commons, em favor da flexibilização dos direitos autorais, na Era Pós-moderna. Mas estamos agora em outra etapa, na Hipermodernidade, em que a hipermidiação, a mobilidade dos meios de comunicação, a atualização em tempo real dos conteúdos informacionais, a simultaneidade e ubiquidade dos acessos aos repositórios e, acima de tudo, a possibilidade de comunicação multilateral dos usuários através de redes sociais, mudaram o cenário completamente. Pari passu com o distanciamento do público com as instituições tradicionais como os partidos políticos — criando um significativo descrédito no sistema de representação política, assim como das religiões e do ensino tradicional. É o advento do modelo “de todos para todos” em que, em escala crescente, as pessoas produzem, compartilham e retransmitem textos, imagens, músicas, ou produtos híbridos no sentido da AV3- animaverbivocovisualidade que, graças à convergência tecnológica dos processos digitais e virtuais, amalgamam textos, voz, imagens e animações por processos mais criativos, graças a aplicativos de acesso generalizado.

É nesse contexto que acontecem os levantes por todo o Brasil em junho de 2013, sem uma noção clara de seus desdobramentos, com a perplexidade dos próprios insurgentes assim como das classes políticas, sindicais, da justiça e dos meios de comunicação do país. E agora, José? Quo vadis?

Brasília, 19.06.2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Poemação no Beijódromo - Homenagem a Associação Nacional de Escritores



Sarau do Beijo
Poemação no Beijódromo
Homenagem a Associação de Escritores



A Fundação Memorial Darcy Ribeiro no campus da Universidade de Brasília, conhecido como Beijódromo, abre as portas do memorial para a poesia do Distrito Federal. O Sarau do Beijo pretende dar ênfase à poesia brasiliense, divulgando seus poetas e sua poesia, na multiplicidade de sua expressão, homenageia pelos cinquenta anos de fundação, pelo trabalho realizado em prol da cultura brasiliense e o apoio aos poetas e escritores locais no DF a Associação Nacional de Escritores – ANE, no dia 02 de julho, no Beijódromo.
Além dos poetas da ANE participam do Sarau do Beijo os poetas José Edson dos Santos, lançando seu mais recente livro, Loucura pouca é bobagem, Wélcio de Toledo e Yanoré Flávio. O poeta Nicolas Behr entrevista a presidente da ANE a escritora  Kori Bolivia, a parte musical fica a cargo da cantora Claudia Telles e o Sarau do Beijo tem a curadoria do Poemação.

Associação Nacional dos Escritores –  Um grupo de praticantes da  literatura e das belas artes, entusiasmado com a cidade Brasília recém inaugurada, resolveu se juntar em sociedade  para melhor discutir e divulgar suas criações.  Nasce a ANE, a primeira instituição cultural de Brasília em 21 de abril de 1963 que deu origem a outras entidades, como a Academia Brasiliense de Letras, o Sindicato de Escritores no Distrito Federal.
 A Associação Nacional de Escritores tem cerca de 340 escritores. Hoje, há 200 sócios vivos. Escritores de Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, São Paulo, Acre, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e no exterior. A grande maioria é de Brasília. Comemorando os cinquenta anos da ANE tendo hoje  como presidente Kori Yaane Bolivia Carrasco Dorado (nome literário Kori Bolivia)

José Edson dos Santos  - Loucura pouca é bobagem  é o mais novo trabalho do poeta Joyedson.  Nasceu em Macapá, no estado do Amapá, região amazônica brasileira e mora em Brasília desde 1974. É professor de artes cênicas. Publicou em 1972 em Macapá, Xarda Misturada com José Montoril e Ray Cunha.  Em 1978 participou da antologia organizada por Salomão Sousa, Em Canto Cerrado. Em 1980, publicou Águagonia e Latitude Zero, com edição mimeografada por Paulo Tovar. Bolero em Noite Cinza em 1995, Ampulheta de Aedo em 2005 e agora nos apresenta Loucura pouca é bobagem.

Welcio de Toledo filho de candangos foi batizado na igrejinha da Vila Planalto, onde nasceu em 1970. Formado em História, com mestrado em Educação pela UnB,  é professor, poeta e atua em movimentos sociais e culturais do DF, principalmente relacionados à identidade cultural, memória, literatura e artes em geral. Iniciou na militância cultural nos idos de oitenta, na efervecência do movimento punk escrevendo letras de música e manifestos anarquistas.
Possui poemas na Coletânea Fincapé, do Coletivo de Poetas de Brasília e em 2012 lançou o livro intitulado "Poemas, Visões e Outras Viagens".

Yonaré Flávio – Alagoano, nascido em Maceió, entre o mar, os coqueiros, as lagoas, os pífanos do esquenta-muié e os pandeiros dos emboladores de coco que enfeitavam as ruas da infância. Crescido embalado pelo frevo e o forró, veio o Teatro com todas as suas vidas. Cadernos de Poesia: Perímetro Urbano, Agruras do Sentimentalismo são obras publicadas. Yonoré é poeta, ator e educador.

 Clara Telles, natural de Brasília, iniciou sua carreira como cantora aos oito anos de idade, como integrante do coro infantil do Teatro Nacional Cláudio Santoro, na ópera Um Baile de Máscaras, de Verdi. Participou do elenco de outras óperas como Carmina Burana, Carmem, La Bohéme, Hansel und Gretel, O Pequeno Príncipe, O Menino Maluquinho, dentre outras, também integrando, posteriormente, os coros juvenis e adultos, do mesmo teatro.



Em 2009, aos 17 anos, Clara deu início à sua carreira solo, apresentando shows como “ Lado B – O melhor da MPB ” e “(RE)VERSO”.


Atualmente, participa de vários projetos artísticos, literários e musicais e leva seus shows para diferentes casas de espetáculos da cidade.








Sarau do Beijo
Poemação no Beijódromo
Dia 2 de julho 2013 – Terça feira
Das 19:00 as 21:00
Entrada Franca


terça-feira, 18 de junho de 2013

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vinagre - Uma Antologia de Poetas Neobarracos


17/06/2013 - 20h00
DE SÃO PAULO

Circula pela internet uma antologia de poemas inspirados pelos protestos por todo o Brasil contra o aumento das tarifas de ônibus --em especial, a manifestação da última quinta-feira (17) em São Paulo.

"Vinagre - Uma Antologia de Poetas Neobarracos" lembra em seu título do fato de a Polícia Militar de São Paulo ter procurado vinagre nas bolsas de manifestantes no protesto ocorrido na última semana --o líquido foi levado por alguns deles porque ajuda a amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo.

Os organizadores da coletânea se denominam como Os Vândalos.

No prefácio, dizem que é uma obra "feita por todos", um "trabalho coletivo", e dizem que ela nasceu como "gesto público de solidariedade a todos os movimentos que acontecem simultaneamente no Brasil (e também no mundo)".

A antologia reúne mais de 75 poemas assinados por diversos autores, todos eles em referência ao momento de revolta no país.

O arquivo em PDF de "Vinagre - Uma Antologia de Poetas Neobarracos" pode ser lidaneste link.

Veja alguns dos poemas abaixo:

"VINTE centavos
uma gota
transborda e
a borracha
o gás
a porrada
não vão cessar
essa progressão
infinita
não vão
calar o que
acordou
não mais
seremos sonhos
de línguas tesas"
(de Ana Lucia Silva)
*
COROLINDO
"(em paz)
o povo
acordou,
(no caos)
o povo
a cor deu"
(de Baga Defente)


O poeta, tradutor e compositor Luiz Carlos Vinholes



Em entrevista ao Correio, o poeta, tradutor e compositor Luiz Carlos Vinholes fala sobre as afinidades e diferenças entre a produção literária dos dois países


Publicação: 15/06/2013 09:11 Atualização: 15/06/2013 09:21

'A escrita ideogrâmica nos permite uma surpresa e um enriquecimento muito grandes, que agitam um outro setor de nosso cérebro. Acho que ela está cada vez mais influenciando a linguagem cotidiana. Todos os símbolos de trânsito são ideogramas' (Monique Renne/CB/D.A Press)
"A escrita ideogrâmica nos permite uma surpresa e um enriquecimento muito grandes, que agitam um outro setor de nosso cérebro. Acho que ela está cada vez mais influenciando a linguagem cotidiana. Todos os símbolos de trânsito são ideogramas"
O poeta concreto Haroldo de Campos o chamou de “Marco Polo do mundo literário japonês”. Era o reconhecimento pelo trabalho desbravador empreendido pelo gaúcho Luiz Carlos Vinholes para estabelecer uma conexão entre a cultura brasileira e a japonesa, numa época em que se desconheciam como seres de dois planetas distintos nos anos 1950. Vinholes é poeta, tradutor, compositor e funcionário aposentado do Itamaraty. Ele contribuiu também para a difusão da Bossa Nova no Japão: “Achavam que a Bossa Nova era só ritmo. Lutei para que entendessem que a Bossa Nova era uma maneira de harmonizar o canto.” E isso quando não havia ainda nenhum programa de governo para intercâmbio cultural entre os dois países.

Em colaboração com o arquiteto João Rodolfo Stroeter, Vinholes organizou em 1960, no Museu de Arte Contemporânea de Tóquio, a Exposição de Poesia Concreta Brasileira, a primeira do gênero promovida no exterior. Em 1963, montou, no teatro Sogetsu Kaikan, outro evento relevante, a Exposição Internacional de Poesia Concreta. As duas iniciativas tiveram importância crucial no estabelecimento de um diálogo entre os poetas concretos brasileiros e os japoneses, que descobriram afinidades no aspecto eminentemente visual de suas produções. Se a escrita ideogrâmica (chinesa e japonesa) tinha influído na própria concepção da poesia concreta, era como se essa proposta poética estivesse voltando para casa.

Vinholes estudou composição e flauta transversal na Escola Livre de Música da Pró-Arte, em São Paulo, com o compositor que introduziu a música dodecafônica no Brasil, Hans Koelreutter, de quem se tornou secretário particular. Sua produção passou pelo serialismo, pela concepção própria da técnica “tempo-espaço” e, inaugurando essa tendência na música brasileira, pela aleatoriedade. De acordo com o compositor Gilberto Mendes, Vinholes conseguiu fazer, com suas Instruções 1961 e 1962, uma música aleatória diferente tanto da dos europeus (Boulez e Stockhausen), quanto da figura mais importante na incorporação do acaso aos processos compositivos, o norte-americano John Cage. “Vinholes é autor de obra pouco numerosa, mas de alta qualidade e de interesse histórico”, escreve Vasco Mariz na História da música no Brasil.

Vinholes mora em Brasília desde a década de 1990 e completou, em abril, 80 anos. Também no presente ano, doou sua importante coleção bibliográfica de poesia japonesa e poesia concreta ao Espaço Haroldo de Campos, vinculado à instituição Casa das Rosas, em São Paulo. Parte deste acervo está em exibição, na Casa das Rosas, até o dia 21 de julho, na exposição Ideograma e Poesia Concreta. Também em sua homenagem foi realizado em São Paulo, no dia 26 de abril, o concerto “80 anos em 80 minutos”, com execução de obras de sua autoria. “Sempre me interessei pelas coisas novas, nunca pela quantidade, escrevi pouco e compus pouco. Quando sinto que repito, paro.” Nesta entrevista ao Pensar, Vinholes fala sobre os fundamentos da poesia oriental, a divulgação da Poesia Concreta no exterior e as afinidades e divergências com a vertente nipônica.

Phantom (fantasma), poema visual de Niikuni Seiichi (Seiichi Niikumi/Reprodução)
Phantom (fantasma), poema visual de Niikuni Seiichi
Como se deu a conexão com a poesia japonesa?

Fui ao Japão em 1959 para estudar a música da corte, na Universidade de Tóquio. Quando terminei o curso, recebi um convite da Usiminas para trabalhar na área de siderurgia, que eu desconhecia completamente. O crítico Mário Pedrosa era meu amigo, estava por lá e pedi um palpite, pois estava em dúvida. Ele disse: “Pede um salário bem alto, se eles pagarem, você fica”. Para minha surpresa, eles aceitaram. O que me valeu? Nos fins de semana, saía de Tóquio com o cartão de apresentação e, com isso, conheci os poetas e pintores de todas as regiões do Japão. Em Tóquio, decidi promover duas vertentes considerava inovadoras na cultura brasileira daquele momento: a Poesia Concreta e a Bossa Nova. As cartas dos imigrantes japoneses só falavam de plantações agrícolas, não havia nada de cultura. Os próprios japoneses duvidavam que algo tão avançando quanto a Poesia Concreta tivesse saído do Brasil. Mas o Brasil estava liderando um movimento internacional.

Como foram as exposições sobre Poesia Concreta no Japão?
Me deram um andar inteiro do Museu de Arte Moderna do Japão para mostrar a Poesia Concreta brasileira. O Haroldo de Campos era a ponte; o Augusto não gosta de escrever cartas e muito menos o Décio Pignatari.

Qual a singularidade da poesia japonesa?
Acho que se há alguma contribuição para a poesia ocidental, ela está relacionada ao hai kai. No mais, a literatura japonesa tem muito a ver com a literatura europeia. Já o chamado tanka e o hai kai influenciaram muito a poesia ocidental, de maneira inteligente ou simplista. A grafia japonesa é difícil de ser transportada ou traduzida para outras línguas.


Marcos Freitas lança o livro Inquietudes de Horas e Flores, no Sarau da Tribo das Artes


domingo, 16 de junho de 2013

Jovens escritores aproveitam oportunidades do mercado para lançar as obras



A editora 7Letras repaginou sua coleção de poesia e criou, em 2011, a Série Poesia, destinada a abrigar jovens poetas. Até agora, foram 12 títulos lançados
Publicação: 16/06/2013 06:00 Atualização: 16/06/2013 09:46

A última década foi de festa para a poesia brasileira. Novas tecnologias de impressão e o acesso cada vez mais generalizado à internet forraram o terreno para a chegada de jovens poetas que já não se sentem tão marginais quanto seus antepassados ao investir em um gênero nem sempre popular. Há algo no ar que anda atraindo os leitores para os versos e não há nada de mítico ou romântico na afirmação. É questão de mercado: a oferta aumentou, assim como a demanda. Poucas semanas após ser lançada, em março, a compilação Toda poesia, de Paulo Leminski, ultrapassou Cinquenta tons de cinza na lista de mais vendidos da Livraria Cultura. Até hoje, foram nove edições e 34 mil exemplares vendidos, segundo a Companhia das Letras, que editou o livro.

Se o espaço virtual é infinito, aquele do livro físico, sonho de qualquer poeta, ainda que blogueiro, também está mais aberto. A editora 7Letras repaginou sua coleção de poesia e criou, em 2011, a Série Poesia, destinada a abrigar jovens poetas. Até agora, foram 12 títulos lançados. Lá está o catálogo mais jovem do Brasil, refúgio de nomes como Victor Heringer e Luca Argel, 25 anos, e Ana Guadalupe, 28. “A produção é grande sim. E há uma geração atual de qualidade. Tem gente que está lendo o suficiente para escrever bem. Não falaria em um boom, mas há uma facilidade de publicação, porque temos ferramentas para fazer tiragens menores”, explica o editor Jorge Viveiro de Castro, da 7Letras.


Bloomsday lembra James Joyce com série de eventos

Por MARIA FERNANDA RODRIGUES, estadao.com.br
 Programação em centros culturais e na internet reunirá
 fãs do escritor irlandês, autor do clássico Ulisses 
 A história se repete todos os anos desde o final da década de 20 do século passado: no dia 16 de junho, leitores de James Joyce se reúnem ao redor do mundo para celebrar o autor de Ulisses (1922), obra que se passa integralmente no dia 16 de junho de 1904. Foi quando Joyce saiu pela primeira vez com Nora, sua futura mulher, e dia em que Leopold Bloom, o protagonista, passa perambulando por Dublin e pensando em Molly. E serão justamente as mulheres de Joyce, reais e ficcionais, o tema do Bloomsday paulistano, que já teve alguns eventos durante a semana, mas cuja programação se concentra hoje e amanhã - o grande dia.
Se em Dublin os fãs de Joyce vestem-se com roupas de época e caminham pelos cenários do romance, param pelo caminho para um café da manhã com torradas, salsicha e feijão, ou para uma pint no centenário Davy Byrnes Pub, em São Paulo o evento é mais discreto, mas ainda assim tradicional. Há debates, apresentações musicais e teatrais e leituras de trechos dos livros do irlandês. Entre os locais, Casa Guilherme de Almeida, Casa das Rosas, Centro Cultural São Paulo e, claro, um pub - o Finnegan's.
Sempre cultuado, Joyce tem tido seu público renovado a cada ano, e o fato de a obra dele ter entrado em domínio público em 2012 fez com que novas traduções e edições mais acessíveis chegassem às livrarias.
"É incrível como essa obra ainda tem tanta repercussão. Ela é inesgotável", comenta Marcelo Tápia, diretor da Casa Guilherme de Almeida, poeta e tradutor que participa do Bloomsday em São Paulo desde que ele foi criado por Haroldo de Campos, em 1988 - primeiro como espectador e desde 1992 como uma dos organizadores.
Com início em 7 de junho e prevista para terminar em 14 de julho, a Ocupação James Joyce no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000, tel. 3397-4002, R$ 15) apresenta hoje, às 21 h, a peça Ulisses Molly Bloom - Dançando para Adiar, da Cia. Estrela Dalva. Amanhã, às 20 h, o espetáculo será gratuito e terá trilha sonora feita ao vivo pela banda À Deriva.
Na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, tel. 3285-6986), a programação vai centrar-se em Haroldo de Campos e às 14 h será realizado o simpósio Signos: A Coleção Haroldiana & a Poesia de Antes e de Agora, com Jacó Guinsburg, Aurora Bernardini, Frederico Barbosa, Michel Sleiman, Yun Jung Im, entre outros.
O happening do Finnegan's (Rua Cristiano Viana, 358, tel. 3062-3232) começa às 16 h de amanhã e terá entrada gratuita. Haverá leituras de obras de Joyce, dramatizações, apresentações musicais e muito mais.
Uma leitura mundial de Ulisses, promovida pelo James Joyce Center, da Irlanda, envolverá a Casa Guilherme de Almeida. Às 21h30 de amanhã, Alzira Allegro, Aurora Bernardini, Donny Correia, John Milton, Marcelo Tápia, Simone Homem de Mello e Susanna Busato se revezam na leitura dos fragmentos dos episódios Ithaca e Penelope. A atividade completa, que contará com leituras feitas por pessoas de 20 cidades ao redor d o mundo, em inglês, e durará cerca de 24 horas, pode ser acompanhada no site www.globalbloomsday.com.
Em Florianópolis, o evento comandado por Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros será amanhã e online (www.qorpus.paginas.ufsc.br), com leituras e vídeos.
O Bloomsday serviu de inspiração para o Dia D (Drummond) e a Hora de Clarice (Lispector).

quarta-feira, 12 de junho de 2013

FEDERALIZAÇÃO DO MUSEU NACIONAL HONESTINO GUIMARÃES

A pedido da presidenta Dilma Rousseff, o Museu Nacional da República, que fica na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, passará a ser gerido pelo Ministério da Cultura. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (16), durante reunião que a ministra Marta Suplicy teve com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira. Participaram também a presidente substituta do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Eneida Braga, e Angelo Oswaldo, indicado pela ministra Marta Suplicy para assumir a presidência do Ibram.
Atualmente, a gestão do Museu é feita pelo Governo do Distrito Federal. O governador se reuniu com a ministra para discutir como o processo de cessão pode ser feito. Ficou decidido no encontro que o GDF e o MinC vão analisar as possibilidades do ponto de vista jurídico. A formalização da transferência será feita em breve.
A ministra explica que a ideia de trazer o Museu para a gestão do MinC consiste em tornar acessível aos cidadãos grandes obras de arte que fazem parte do acervo de empresas estatais. "A intenção é que o Museu passe a contar com um acervo fixo e exposições itinerantes, além de uma gama de possibilidades que está sendo definida junto com a equipe do Ibram", explicou Marta.
Segundo o governador, a federalização proporcionará maior dinamismo ao Museu. "Temos muita coisa guardada em instituições como o Banco Central, por exemplo, que o público não tem acesso. Não adianta termos obras maravilhosas se o cidadão não puder usufruir", afirmou o governador.
Museu da República e V&A Museum
A ministra Marta Suplicy falou ainda sobre a parceria firmada com uma instituição museal londrina, o Victoria & Albert Museum. O acordo prevê uma grande exposição no Museu da República entre a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Entre as ações já discutidas, está uma exposição sobre design, arquitetura, moda, ciência e tecnologia.
Leia a matéria da parceria entre o MinC e o V&A.
(Texto: Rosiene Assunção, Ascom/MinC)
(Fotos - home e audiência: Elisabete Alves, Ascom/MinC)

Quinta Literária na Associação Nacional de Escritores – ANE


No próximo  dia 20 de junho, quinta-feira, às  20 horas, a escritora MARGARIDA PATRIOTA, será a palestrante da Quinta Literária realizada na  Associação Nacional de Escritores – ANE – SEPS Sul 707/907 – Bloco F, Edifício Escritor Almeida Fischer.

TEMA:  Cruz e Sousa, o poeta escravo.

Palestra aberta ao público

terça-feira, 11 de junho de 2013

CineCoisa #1 - A Obra e o Artista



CineCoisa #1 - A Obra e o Artista
De 18 de junho a 02 de julho, às terças-feiras, às 19h30.

O CineCoisa é um cine clube independente e itinerante, criado para promover o encontro de pessoas interessadas em cinema, cultura e um bom papo. A programação destaca temas atuais e filmes, em sua maioria, inéditos em Brasília. A primeira edição do projeto acontece no Espaço Cena (205 norte), nos dias 18 e 25/jun e 02/jul, às 19h30. O tema desse ciclo é A OBRA E O ARTISTA, com documentários que mergulham no trabalho e cotidiano de Marina Abramovic, Wayne White e Ai Weiwei. Após cada projeção, haverá um bate-papo informal com uma galera fera e um vinhozinho para acalorar a conversa e os corações. Confira a programação abaixo e compartilhe com seus amigos. A entrada é franca. Nos vemos lá!


Dia 18 de junho, terça-feira, às 19h30
MARINA ABRAMOVIC - A ARTISTA ESTÁ PRESENTE (The Artist is Present)
Dir. Matthew Akers e Jeff Dupre, EUA, 2012, 106 min.
Bate-papo: Bia Medeiros é professora do Instituto de Artes da UnB, presidente da ANPAP e coordenadora do grupo de pesquisa Corpos Informáticos. 
Sinopse: Marina Abramovic é um dos nomes mais respeitados na arte de performance. Em 2010, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) organizou uma grande retrospectiva da sua obra. O documentário acompanha os preparativos da exposição que, de uma vez por todas, pode calar a questão que ela tem ouvido repetidas vezes nas últimas quatro décadas: “Mas por que isto é arte?”.
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=YcmcEZxdlv4

Eduardo Rangel e Joaquim França cantam vida e obra de Sergio Sampaio e Torquato Neto

“ADORÁVEIS MALDITOS”
Eduardo Rangel e Joaquim França cantam
vida e obra de Sergio Sampaio e Torquato Neto 
Dia 20/06 (quinta-feira) - 21 horas
Teatro dos Bancários - 314/315 Sul

Flyer ADORAVEIS M .jpg
Ingressos antecipados com desconto a R$10 (meia),
e na bilheteria do teatro, tel (61) 3262-9090

O cantor Eduardo Rangel e o pianista Joaquim França apresentam show homenageando Torquato Neto e Sergio Sampaio, dois poetas/compositores transgressores, com trajetórias polêmicas e trágicas, e que nos deixaram uma obra extremamente rica e original.
O público irá reconhecer músicas dos homenageados que hoje despontam em vozes atuais da MPB, como Zeca Baleiro, Chico César e Titãs entre outros.
No espetáculo, o duo revela curiosidades sobre a vida dos homenageados, como a origem da música “Cajuína”, que Caetano Veloso compôs, ao retornar do velório de Torquato, para o pai do poeta suicida: “Existirmos, a que será que se destina…”. Ou ainda o restante do poema de Torquato “Go Back”, que teve um trecho musicado pelo "Titãs": “Você me chama, Eu quero ir pro cinema, Você reclama …”.
Torquato viveu apenas até os 28 anos, mas deixou uma vasta obra, como um dos ícones do Tropicalismo. Teve poemas musicados por Gilberto Gil, Caetano, Jards Macalé  e Edu Lobo, entre outros.
Sampaio morreu aos 47 anos, vítimas de complicações devido ao abuso de álcool e drogas. Raul Seixas, seu amigo e parceiro no disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista”, comentava que perto de Sergio se sentia a mais careta das criaturas.
As músicas de ambos influenciam ainda hoje diversos artistas da MPB, tendo sido gravadas por Lenine, Zizi Possi, João Bosco, Luiz Melodia, Eduardo Dusek e muitos outros.
O duo irá interpretar de Sergio Sampaio, músicas como Tem que acontecer, Meu Pobre Blues, Faixa Seis, além do mega sucesso Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua.
Da safra de Torquato Neto, estão entre as escolhidas, Mamãe Coragem, Louvação, Let’s Play That e Pra Dizer Adeus.
O show é fruto de uma longa pesquisa, onde Rangel resgatou discos raros e biografias fora de catálogo dos artistas, além de depoimentos inéditos de parceiros e parentes. 
Um show para desafinar o coro dos contentes, uma homenagem aos adoráveis malditos da música brasileira! 

Serviço:
Show: "Adoráveis Malditos"
Quando: 20 de Junho (Quinta-feira), 21h
Onde: Teatro dos Bancários - EQS 314/315, Brasília DF
Vendas antecipadas com desconto, R$20 e R$10 (meia-entrada), 
ou na bilheteria do teatro, de 2ª a 6ª, de 13h às 20h
Ingressos na data do show: R$30 e R$15 (meia-entrada)
Classificação Indicativa: 14 anos ou acompanhado dos pais
Flyer: montagem sobre fotos de Aloizio Jordão
Mais informações: (61) 3262-9090 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Antonio Meneses e Rosana Lanzelotte apresentam-se nesta segunda-feira no Cultura Artística Itaim


CONFISSÃO

 

não, que eu não saiba o que sinto,
o que sou, haja vista meu instinto
de ser todo desejo, de não ter
do amor, o medo;
de não ter
da consciência, o nexo;
de não poupar
de meu pensamento, teu sexo.


não, que eu não saiba o que sinto,
pra onde vou, haja vista que tenho
a pretensão tamanha, de beber
de tua taça, de teus sonhos;
de prender
pra mim, teus olhos, teus abraços;
de te saber
como alimento, sendo eu,
neste ato de amor,
réu confesso.

Marcos Freitas, do livro Na curva de um rio, mungubas (ed. cbje, 2006)

http://www.poetasdopiaui.org.br/poetas/show/55/poemas/poesia/417

Livro completo:
http://www.livrariacultura.com.br/Produto/LIVRO/NA-CURVA-DE-UM-RIO-MUNGUBAS/9041236


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Bate-Papo Literário - 11º SALIPI



O Bate-Papo Literário, mediado pelo professor Luiz Romero, com a participação de entrevistadores convidados, é a vitrine do Salão do Livro do Piauí. Trata-se do espaço destinado aos lançamentos de livros e aos bate-papos com escritores consagrados e principiantes, que falam de suas produções e de cultura em geral. É no espaço do Bate-Papo Literário que acontecem os saraus, recitais, debates culturais, os “Diálogos Poéticos” e shows musicais intimistas com artistas da terra. Toda a programação é transmitida pela Rádio Antares e outros meios de comunicação instalados no espaço da Praça Pedro II.

PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA –06.06.2013

15h– Breve dicionário de expressões do Piauí
Autora: Aldeia Marathoan
15:30h  – Poesias
Autor: Luno Gomes
16h– No Rumo das Areias
          Autor: José Gregório da Silva Júnior
17h– Pedra de cantaria
Autora: Graça Vilhena
18h– Da Bula à Liberdade: escritos e descritos de médicos escritores piauienses
Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
19h– Objeto presença
          Autor: Santos Júnior
19h30– Os grilos de estimação e A festa lendária de Gó
Autora: Aurilene Andrade Leal.
20h– Dança do ventre

SEXTA-FEIRA –07.06.2013

15h– Pulsações na Tela
Autora: Salette Jacques Marsal
15:30h- Meio ambiente: cuide do seu presente para haver mais no futuro
Escola Municipal Delfina Borralho
16h– O olhar e a palavra: Fotojornalismo de José Medeiros na revista O Cruzeiro
Autora: Ranielle Leal
17h– Luiz Gonzaga: 100 anos de Eterno Rei do Baião
Autor: José Marcelo Barbosa
17:30h – Nas trilhas do cangaço – Seu Cristino: um sertanejo que conheceu Lampião
Autor: João de Sousa
18h– Ode ao amor desvanecido
Autor: Gilvanni de Amorim
19h– O uso do cordel no ensino de ciências
Autor: Wilson Seraine
19h30– Os intrépidos andarilhos e outras margens
Autor: Adriano Lobão Aragão
20h– Cabeça de sol em cima do trem
        Autor: Thiago e

SÁBADO – 08.06.2013

15h– A Arte de transmitir a mensagem
          Autor: Josselmo Batista
15:30h – Direitos da Mulher: O que toda mulher precisa saber e todo homem entende
          Autor: Juscelino Oliveira
16h– Pedra negra
          Autor: Halan Silva
17h– Enfileirador de Palavras
          Autor: Joca Nettu
18h– Um narizinho no fundo do mar
Autor: Flávio Stambowsky Nogueira
19h– Corações juvenis / Paulo e Estêvão para jovens leitores
Autor: Adeílson Salles

DOMINGO – 09.06.2013

15h– Traço e riso
Autor: Jota A
16h– Sons do sertão: Luiz Gonzaga, música e identidade
Autor: Jonas Rodrigues
17h – Torquato Neto Inédito: O fato e a coisa
Organização: George Mendes
18h – Revista Acrobata
           Organização: Demétrios Galvão, Aristides Oliveira e Thiago e.

 
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